Matheus França comemora gol contra o Cuiabá, o primeiro do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Aos 18 anos, Matheus França já fez mais do que muito marmanjo no futebol profissional. Em sua primeira temporada no time principal, soma quatro gols - um deles em Libertadores - em 17 partidas. Mas a transição de uma das joias mais valiosas do Flamengo tem sido feita com tranquilidade.
Desde que passou a fazer parte do elenco principal, Matheus desceu duas vezes para a base. A primeira foi em junho, após recuperar-se de fratura na fíbula do tornozelo esquerdo sofrida durante a vitória por 3 a 1 da equipe profissional sobre o São Paulo.
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Machucou-se dia 17 de abril, e a recuperação foi rápida, antes do previsto. Em 25 de junho já estava em campo pelo time sub-20. Jogou 68 minutos da vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo e foi o melhor em campo. Duas semanas depois, entrou entrou aos 27 minutos do segundo tempo contra o Tolima, pelas oitavas de final da Libertadores. Aos 28, marcou o sexto do Flamengo na goleada por 7 a 1.
O gol e a boa atuação davam expectativa de mais oportunidades, mas elas ficaram raras. Matheus, em decisão conjunta com o departamento de futebol, desceu em agosto para o sub-20 de novo, desta vez para jogar a semifinal do Brasileiro. Participou de quase toda a derrota para o Corinthians, no dia 28 daquele mês. Na semana seguinte, já estava atuando pelo profissional novamente - entrou no fim do empate por 1 a 1 com o Ceará.
- Foi um momento adaptativo porque eu tinha acabado de ter uma lesão. Junto com todo o staff do profissional, resolvemos me descer para a base para eu ter rodagem e ritmo de jogo. Isso não foi uma decisão só minha, decisão de todo mundo. Foi bom para o meu desenvolvimento, para a minha evolução e para a minha volta depois dessa lesão.
Matheus seguiu sua evolução. No fim de semana seguinte ao empate com o Ceará, fez gol num novo 1 a 1, desta vez em Goiânia, contra o Ceará.
Neste sábado, na vitória por 2 a 1 sobre o Cuiabá, fez sua partida com mais minutos junto à equipe principal - 48 no total. Foi também, de longe, seu melhor jogo na categoria profissional. E isso posicionado no comando do ataque, aumentando o leque de seu versátil repertório de funções.
- Muito importante ter atuação como essa, mas meu foco não é só na minha atuação e sim em ajudar o time da melhor maneira possível. Muito importante para gente ter esse desenvolvimento da base subindo para o profissional com a ajuda de todos. Temos atletas muito experientes, que podem nos ajudar no dia a dia e no decorrer dos jogos. Acontecem situações que nós nunca passamos e eles já passaram. Eles sempre nos ajudam com conselhos.
A nota artística de sua atuação ficou por conta do passe de letra dado a Everton Cebolinha, aos 22 minutos do segundo tempo (assista no vídeo acima). O movimento com o qual se livrou da marcação rendeu elogios.
- Foi um lance bonito. Muito importante também que ele fez uma jogada que saiu de um-dois. Ele ultrapassou, e eu pude dar um passe de letra para ele utilizando esse recurso. Foi a melhor maneira de achar o passe para ele.
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