Para a final da Copa do Brasil, no dia 27, o Flamengo tentará expandir o número de lugares disponíveis no Maracanã e planeja um aumento dos preços dos ingressos. Essas ainda são ideias iniciais dos dirigentes rubro-negros, que serão discutidas por toda a cúpula do clube.

Tanto Flamengo quanto a Maracanã S/A ficaram bastante irritados com a proibição da polícia militar, por questões de segurança, de comercializar até 6 mil ingressos no setor sul do estádio na semifinal contra o Goiás. A ideia era isolar os torcedores goianos que, no entanto, compareceram em número menor do que 1 mil pessoas.

Com isso, foram postos a venda apenas 50.050 bilhetes para os rubro-negros, com um público de 56.224 considerados os não-pagantes. Havia ainda 3.500 bilhetes para a torcida goiana. Administradora do estádio, a Odebrecht defende que cabem em torno de 70 mil pessoas no estádio, exatamente o público da final da Copa das Confederações.

Por isso, Flamengo e Odebrecht vão tentar sensibilizar a polícia para aumentar o número de lugares para a final, diante do Atlético-PR. O exemplo do que ocorreu na quarta-feira, com enormes espaços vazios e nenhum incidente, será utilizado na argumentação.

Dirigentes rubro-negros também já manifestaram a intenção de aumentar os preços dos ingressos para a final. Houve conversas com a Odebrecht neste sentido logo após a classificação à final.

A diretoria do Flamengo considera natural uma majoração no bilhete diante da importância do jogo. Mas ainda não há nenhuma decisão tomada sobre o assunto.

Na semifinal, o ingresso cheio mais barato foi de R$ 100,00, podendo sair por R$ 25,00 em caso de sócio-torcedor e estudante – isso para os lugares atrás do gol, setores sul e norte. No meio do campo, a inferior leste custava R$ 160,00, excluídos os assentos premium. Todos esses valores representaram aumentos já em relação ao que foi cobrado nas quartas-de-final diante do Botafogo, quando o mais barato bilhete era R$ 80,00.

Com essas medidas, o Flamengo espera aumentar sua renda na final. Contra o Goiás, o total bruto obtido foi de R$ 3,375 milhões, dinheiro que será dividido com a Odebrecht segundo porcentagem prevista em contrato. Há uma estimativa de um prejuízo de R$ 400 mil pelos lugares vazios, visto que poderiam ser vendidos pelo menos 4 mil bilhetes a mais no setor sul, na estimativa de administradores do estádio.