A expectativa da torcida rubro-negra gira em torno do meia-atacante Carlos Eduardo. O desejo era de que ele fosse anunciado ainda nesta segunda-feira pelo Flamengo, mas a hipótese é muito pouco provável. O jogador está em conversa adiantada com o clube carioca e aguarda apenas a resolução de conversas do seu empresário com o Rubin Kazan para assinar contrato de empréstimo até o meio de 2014.

Para ser liberado sem ônus pelo clube russo, Carlos Eduardo teve de ampliar seu vínculo por mais duas temporadas. Em contrapartida, ele seu empresário, Jorge Machado, desejam especificar um reajuste salarial futuro no novo contrato com o Kazan. O que atrapalha a situação também é o fuso horário russo, de seis horas a mais do que o horário brasileiro. A troca de documentações fica prejudicada.

"Fechado ainda não está. Esperamos concretizar até quarta-feira. Tem uma negociação com os russos sobre a saída dele, detalhes. A nossa proposta é essa, não vamos aumentar. É muito boa", afirmou o vice-presidente de futebol, Wallim Vasconcellos, presente à coletiva de lançamento de patrocínio da montadora Peugeot.

Carlos Eduardo está no Sul do país e treina para manter a forma e não chegar tão defasado em relação aos companheiros. Empresário do jogador, Jorge Machado não sacramenta a negociação com o Flamengo, diz ainda ter sondagens de outros clubes, mas admite que a chance de o negócio ser concretizado é grande. O que ainda impede, mesmo, o anúncio é o acerto final de Carlos Eduardo com o Rubin Kazan.

"Claro que todos sabem que temos algo muito adiantado com o Flamengo. Mas ainda há muitas sondagens. Estamos tentando primeiro uma definição entre nós e o Kazan. Coisa burocrática nossa referente à amplicação de dois anos de contrato. Em 48 horas deve estar resolvido", disse Jorge Machado.

Camisa 10 e atacante buscado no exterior

Caso acerte a contratação de Carlos Eduardo, o Flamengo dará a ele a camisa 10 e terá como meta, na avaliação do departamento de futebol, a busca por um atacante para a vaga de Vagner Love. Apesar dos gols de Hernane contra o Quissamã, a diretoria entende que o time necessita de um nome de maior peso para a camisa 9. Os contatos já foram iniciados e o Flamengo direciona seus holofotes para o mercado externo, especialmente o sul-americano.

"Negociação efetiva ainda não há, não. Tem muitas sondagens. O mercado brasileiro está muito escasso nessa posição. Então estamos procurando no mercado externo que possa vir. Há um ou dois nomes conversando, mas nada efetivo. Esperamos primeiro o Carlos Eduardo, que seria o 10, para aí, sim, partir para um atacante", afirmou Wallim Vasconcellos.

O dirigente descartou negociações por Giuliano, meia do Dnipro, e Welliton, do Spartak por um motivo: ambos são considerados muito caros. Em relação a Kleber, do Grêmio, Wallim garantiu não ter entrado em contato com o atacante ou seus procuradores. A meta do departamento de futebol é manter os vencimentos em dia. Sem dinheiro, a primeira opção é por empréstimos sem ônus ou com ajuda de investidores, como ocorreu com Elias, João Paulo e Gabriel.

"A gente não pode fazer nada precipitado. Se fizermos isso, vamos errar. Tem de ser uma condição que o Flamengo possa cumprir agora. Não posso me comprometer a pagar cinco, dez milhões de euros porque agora não temos dinheiro. No futuro certamente teremos", finalizou Wallim Vasconcellos.