Agustín Rossi, goleiro do Boca Juniors Imagem: Divulgação CABJ
Quem lê a coluna sabe que a relação entre o goleiro Agustín Rossi e o Boca Juniors estava tensa desde agosto do ano passado. De tão pesado, o clima explodiu de vez na última sexta-feira (20). O Boca voltava de Abu Dhabi, onde perdera a final da Supercopa para o Racing, e fazia uma escala em Madri, quando o goleiro simplesmente saiu do avião para assinar contrato de seis meses com o Al Nassr para ser companheiro de Cristiano Ronaldo.
O negócio acabou sendo bom para todas as quatro partes.
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A primeira, e mais importante para o Brasil, acaba sendo para o Flamengo, que vai receber Rossi em 1º de julho com ritmo de jogo, porque ele foi sumariamente afastado do Boca depois do pré-contrato com o clube carioca.
Para Rossi, a transação foi positiva pelo mesmo motivo, por seguir em atividade, e também pelo polpudo salário nesses seis meses —sua principal razão para sair do Boca, onde era ídolo, acabou sendo justamente a necessidade de se fazer "uma diferença econômica" agora aos 27 anos. Rossi completará 28 em agosto.
O Boca também pode se considerar em vantagem porque recebeu US$ 1,5 milhão (R$ 7,81 milhões) do Al Nassr pela liberação do goleiro nos próximos seis meses.
De acordo com o canal de TV portenho C5N, a cifra oferecida pelo Flamengo para a antecipação era de um terço deste valor.
Esta será a segunda experiência de Rossi fora da Argentina. Antes, ele defendeu o Antofagasta, do Chile, em 2019.
Para sua chegada ao Al Nassr, ele precisou do aval do técnico argentino Miguel Ángel Russo, ex-Boca, hoje no Rosario Central.
Russo também treinou o Al Nassr (no ano passado) e indicou o nome de Rossi para substituir o colombiano David Ospina, que se recupera de séria lesão no cotovelo.
O Al Nassr recebe, assim, um dos melhores goleiros da América do Sul, alguém que conseguiu construir uma relação de idolatria com a extremamente exigente torcida do Boca.
Segundo apurou a coluna, não há, por parte de Rossi, nenhum interesse em deixar de cumprir o compromisso com o Flamengo.
Ou seja: mesmo que o goleiro receba, até julho, uma proposta mais vantajosa do Al Nassr para seguir por lá, ele não vai deixar o Flamengo na mão.
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