O Juizado Especial do Torcedor acatou nesta quinta-feira liminar que obriga o Flamengo reduzir o preço dos ingressos para a finalíssima com o Atlético-PR, marcada para o dia 27 de novembro, no Maracanã. O presidente do Rubro-Negro, Eduardo Bandeira de Mello, disse ainda desconhecer a decisão, porém a tratou como "absurda" caso seja confirmada.

- Eu não tenho conhecimento da decisão, você vê a injustiça que é feita com um clube que quer colocar suas contas em dia. Um clube que chegou a jogar fora do Rio por razões econômicas resolve voltar ao Rio até por conta da grande e maravilhosa torcida que temos aqui, e somos maltratados desse jeito, inclusive com prisão de um dos nossos diretores, invasão da Gávea de maneira truculenta, arbitrária e brutal. E agora há essas tentativas de fazer com que o Flamengo não possa conseguir essa receita que tanto precisa agora no final do ano. Eu realmente acho um absurdo se essa decisão for confirmada - disparou o mandatário, falando à Rádio Globo.

Bandeira de Mello destacou a intensa procura dos rubro-negros por ingresso e chegou até divergir em relação aos números oficiais do clube. Falou em 32 mil ingressos vendidos às 16h, mesmo momento em que o clube divulgou nota oficial informando a venda de 26 mil. Para se defender, ainda disse que o torcedor paga bem menos do que o ingresso mais barato para não sócios. De acordo com o Flamengo, a média do valor investido pelo torcedor em um bilhete é de R$ 108,59.

- As vendas estão de vento em popa. A última informação que tive, de umas três horas atrás (em relação às 16h de Brasília), era de mais de 32 mil ingressos ocupados, dos quais mais de 60% (dos comprados) eram de R$ 75 reais. Aquilo tudo que a gente vinha falando se confirmou: o tíquete médio nesse jogo do dia 27 vai ser bem abaixo do que aquilo que tem sido apregoado como valor mínimo. Não fomos notificados de nada, acho que é uma decisão que não é justa caso se confirme. Mas decisão judicial não se discute, se cumpre. Se acontecer isso, o Flamengo vai correr atrás dos seus direitos. Os próprios números da venda parcial demonstram que não existe abuso nenhum - encerrou.