Carlos Eduardo é tratado pelo técnico Jayme de Almeida como peça importante do time titular do Flamengo, especialmente pela característica de segurar a bola e pela dedicação. Com o torcedor rubro-negro, no entanto, a relação é conturbada há tempos. Contratado para vestir a camisa 10 – ficou com a 20 – e conduzir o time, o meia-atacante é alvo de muitas críticas desde o início da temporada e mesmo no momento em que o time é finalista da Copa do Brasil não escapa das cobranças. Cadu é vaiado em todas as partidas, até naquelas em que vai bem. Jayme já disse que considera o jogador injustiçado e pediu paciência. Por ora, não adiantou.

Às vésperas da decisão contra o Atlético-PR e diante da possibilidade de ajudar o time a ir à Libertadores, Carlos Eduardo conta com um pouco mais de tolerância por parte dos torcedores e espera brilhar nas finais. Ele convive com a rotina de vaias e críticas, mas não esconde o incômodo.

- Sei que posso melhorar bastante, mas para mim está sendo difícil. Nem chego a tocar na bola e o torcedor já vaia. Mas tenho personalidade, tenho que enfrentar isso, está sendo um aprendizado para mim – disse.

Contratado por empréstimo ao Rubin Kazan, da Rússia, no começo do ano, Carlos Eduardo tem contrato com o Flamengo até a metade de 2014. Pelo Rubro-Negro, são 38 partidas e um gol marcado, diante do Cruzeiro, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Assim como Jayme de Almeida, Cadu acredita que poderia render mais se contasse com o apoio dos torcedores. Mesmo sem boa parte deles, diz que está confiante para as duas partidas mais importantes da temporada.

- Estamos preparados, chegamos na final, sabemos o peso que vai ser. Serão dois jogos importantes, mas os jogadores de nome que estão no grupo estão preparados – frisou.

Flamengo e Atlético-PR decidem a Copa do Brasil nos dias 20, no Paraná, e 27, no Rio. Antes, porém, o Rubro-Negro carioca visita o Grêmio, domingo, em Porto Alegre, pelo Brasileirão.