Nordestinos Hernane e Éderson sonham com o título da Copa do Brasil

17/11/2013 13:49

Nordestinos Hernane e Éderson sonham com o título da Copa do Brasil

Artilheiros de trajetórias diferentes e destinos semelhantes, goleadores de Flamengo e Atlético-PR são esperanças de gol na última disputa de título nacional do ano

Nordestinos Hernane e Éderson sonham com o título da Copa do Brasil
Histórias e trajetórias diferentes unem dois atacantes que marcaram a reação de seus clubes na temporada e se transformaram na maior esperança de gols de Flamengo e Atlético-PR. De um lado, Hernane, artilheiro do Novo Maracanã, com 16 gols, e da Copa do Brasil. Do outro, Éderson, goleador isolado do Campeonato Brasileiro. Dois artilheiros batalhadores que jamais imaginaram que, neste ano, estariam olhando para o topo da artilharia do futebol brasileiro.

Os dois vão se cruzar na final da Copa do Brasil, e o último encontro foi emblemático para os dois times. O dia era 19 de setembro. O local, Maracanã. Flamengo e Atlético-PR se enfrentavam pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Fla abriu 2 a 0 com menos de 20 minutos de jogo e pressionava o Atlético-PR no campo ofensivo. O ímpeto do rubro-negro carioca dentro de campo parecia que ia transformar aquela simples partida em uma das maiores goleadas da competição. Só que, do outro lado, o rival mostrou por que é um dos melhores times do Brasil no ano.

- Quando a gente tomou 2 a 0, todo mundo se fechou no meio e falou: "Não vamos tomar mais", porque a gente pensou que ia ser uma goleada do Flamengo - contou Éderson.

A rápida reunião surtiu efeito. O Furacão acordou, cresceu no jogo e partiu para cima. Após virar para o intervalo perdendo por 2 a 1, o Atlético-PR voltou a campo com outra postura e virou o jogo para 4 a 2 em uma das vitórias mais emblemáticas da equipe no ano. O que parecia ser a glória para os paranaenses, que realizava sua primeira partida no novo Maracanã, tornou-se o princípio de inferno para os cariocas, já que, momentos após o fim da partida, Mano Menezes anunciou sua demissão.

- Foi um resultado que o Flamengo não esperava. Foi uma virada incrível no momento. Nosso time tomou um choque quando ele (Mano) pediu para sair. Ele falou que não estava encaixando o padrão de jogo dele. Ficamos muito sentidos. Aquele jogo ficou bem engasgado - afirmou Hernane.

Trajetórias vitoriosas não escondem o passado recente, quando nenhum dos dois atacantes imaginaria os bons momentos atuais.

- Quando eu cheguei aqui, falei para minha esposa que queria jogar pelo menos um jogo na Série A do Brasileiro, onde eu nunca tinha jogado. Hoje, eu já joguei quase todos os jogos e sou o artilheiro do campeonato. Agora, a gente vai fazer de tudo para conquistar o primeiro título da Copa do Brasil - disse o atacante do Furacão.

O camisa 77 do Atlético passou por muitas dificuldades para chegar até onde chegou. Na infância, cresceu em Pentecoste, interior do Ceará. Aos 15 anos, Éderson defendia as categorias de base do Ceará, e tinha que viajar, toda semana, 92 quilômetros de sua cidade até Fortaleza, a capital do estado.

- Eu treinava até sexta. Sábado e domingo, eu tinha que ir para casa porque não tinha lugar para ficar, não tinha lugar para comer. Então, eu tinha que arrumar dinheiro para voltar, se eu quisesse seguir nessa vida - contou o jogador, que vendia picolés no estádio para conseguir alguns trocados.

Após o Ceará, o atacante foi para o ABC de Natal, antes de voltar ao mesmo Ceará, para depois, enfim, parar no Atlético-PR, onde joga vive a melhor fase de sua carreira.

Da desconfiança à glória. Hernane também passou por momentos difíceis até cair nas graças da torcida do Flamengo. Vindo do Mogi Mirim após se destacar no Campeonato Paulista de 2012, o atacante chegou ao Fla como aposta. Antes de conseguir se firmar, quase foi envolvido em uma negociação que levaria Cléber Santana à Gávea. Na época, bateu o pé e afirmou que almejava escrever sua história no Rubro-Negro.

Em 2013, veio a consagração. Com muitos gols e vontade dentro de campo, Hernane conquistou os torcedores e brocou. Brocou uma, duas, três, 33 vezes. Trinta e três gols no ano. Marca emblemática para o camisa 9, que se diverte com o apelido.

- O ''Brocador'' surgiu em 2009, em uma brincadeira de um goleiro baiano, o Fabiano. Eu tava fazendo bastante gol em um trabalho de finalização. Aí ele: ''Pô, Hernane, tu é brocador, hein. Tu broca mesmo, tu é brocador!'' Um dia, em uma entrevista, um repórter perguntou por qual nome eu deveria ser chamado. Eu falei que esse nome eu já tinha desde 2009. E hoje, por onde eu passo, é brocador para todo lado - explicou o artilheiro.

Dos 33 gols marcados por Hernane na temporada, 14 foram no Brasileirão, 12 no Campeonato Carioca e 7 na Copa do Brasil. O Brocador ainda alimenta o sonho de ser o maior goleador de todas as competições que disputou no ano, apesar de reconhecer que é difícil.

- Isso é uma meta muito difícil, mas eu vou em busca dessa ''tri-artilharia''. Para mim, seria uma felicidade imensa e histórica - finalizou.

693 visitas - Fonte: Globo Esporte


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