Vítor Pereira optou por uma escalação inédita para estrear na Libertadores pelo Flamengo e chegou à sua sexta derrota em 17 jogos. A decisão de rodar o elenco geralmente é o pontapé inicial para a discussão da permanência do comando técnico.
Abel Braga, Domènec Torrent e Dorival Júnior são alguns dos treinadores que sofreram críticas pela opção de poupar o time em determinados jogos. O fato sempre trazia à tona a passagem de Jorge Jesus, que fez a escalação rubro-negra ser decorada pelos torcedores.
Dorival foi o último a passar no Flamengo e, apesar dos títulos da Libertadores e Copa do Brasil, foi alvo de críticas pelo planejamento de disputar o Brasileirão com uma equipe alternativa, enquanto o time titular estava focado nas Copas.
Além dos 11 titulares
A filosofia exposta por Vítor Pereira na coletiva após a derrota na Libertadores é de que trabalhará o Flamengo muito além de 11 jogadores titulares. O treinador português adota o mesmo discurso internamente desde que chegou, porém o fato ganhou ênfase nas últimas semanas.
A dinâmica de treinamento é feita para nivelar titulares e reservas, de forma que todos estejam em condições técnicas e táticas de jogo. No entanto, com recentes vazamentos da escalação, VP tem sido cauteloso com as atividades.
Desde o início do trabalho, os treinos são setorizados, times mesclados e variadas formações. A diferença, porém, é que não há a confirmação da escalação na última atividade antes do jogo. O esboço, como era feito anteriormente, ficou para trás, e VP conversa com os titulares no dia da partida.
Outro lado da filosofia de Vítor é que a escalação é ‘jogo a jogo’. Os 11 titulares são selecionados de acordo com a partida da vez. Por vezes, o foco é a intensidade, mas às vezes as questões físicas falam mais alto.
Reservas em Quito colocam (mais) peso no Carioca
Foram duas atividades para que a comissão técnica escolhesse o Flamengo que enfrentaria o Aucas. No treino de terça, que aconteceu no Estádio Olímpico Atahualpa, VP trabalhou em campo reduzido e variou o time em três formações diferentes.
O planejamento previa, de fato, algumas mudanças por conta da disputa do Carioca. No fim, durante a preleção, o time foi confirmado por Vítor Pereira. Nove mudanças em relação ao último jogo. Santos e Matheus França foram os únicos a permanecerem em campo.
A decisão dá uma prioridade ao Carioca, que ganha relevância diante deste cenário de início de temporada do Flamengo: dois vices (Supercopa e Recopa) e um terceiro lugar no Mundial.
Delegação rubro-negra desfalcada
Por questões médicas, Marcos Braz não viajou para Quito, assim como ficou fora da viagem da Recopa deste ano. Na ocasião, o presidente Rodolfo Landim marcou presença e foi o chefe de delegação. Desta vez, o mandatário também ficou no Rio de Janeiro por conta de sua agenda de compromissos.
O diretor-executivo Bruno Spindel foi quem viajou com a delegação e esteve presente no tradicional jantar antes dos jogos da Conmebol Libertadores. Na ausência de Braz e Landim, Spindel teve a companhia de Diogo Lemos, membro do Conselho de Futebol.
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