Carlos Eduardo não aguentou a pressão de ser a principal contratação do Flamengo na temporada. Sem conseguir justificar o alto investimento da diretoria em campo, o camisa 20 – chegou a ser 10 no início do ano – foi perseguido pela torcida e chorou. Em casa, no banheiro, sozinho, o meia desabou em lágrimas por não conseguir repetir o futebol de outros tempos que o levou até mesmo à seleção brasileira.

Em entrevista à TV Globo, o jogador revelou seu drama, que contrasta com a boa fase do time finalista da Copa do Brasil que pode conquistar o título na próxima quarta-feira, contra o Atlético-PR, no Maracanã.

"É difícil, bem difícil. Pego na bola e já sou vaiado. Mas eu tento esquecer. Penso na minha família e em tudo que já passei até aqui. Amadureci uns cinco, seis anos no Flamengo com essa pressão toda. Muitos chegam para mim e perguntam: 'como você aguenta?'. É complicado demais", contou.

"Passei por muitas dificuldades e lesões nos últimos anos e não consegui demonstrar o que eu sei aqui. E, infelizmente, sou um cara que fica muito sozinho. Sofro sozinho, em casa, até que às vezes desabafo. Cheguei a ir para o banho e chorar. Mas tenho que superar isso".

E as críticas não saem da cabeça e dos sonhos de Carlos Eduardo.

"Eu fico sonhando com essa oportunidade. Quando estou na concentração, fico imaginando um lance que possa fazer esse gol", revelou o meia, que diz ter o apoio de elenco e comissão técnica.

"Todo mundo chega junto para ajudar. O Felipe [goleiro] até me falou que sairia do gol e iria até o ataque me abraçar se eu fizesse um gol. Isso me dá forças. Vou sair dessa situação".