O Flamengo encontra-se revoltado com a CBF e a comissão de arbitragem da mesma entidade, dirigida por Wilson Luiz Seneme. A diretoria rubro-negra entende que pelo menos quatro erros graves foram cometidos nos últimos sete dias, um no jogo de ida contra o Athletico-PR, outro contra o Palmeiras e mais dois na partida de volta com o Furacão.
A bronca do Flamengo começa a se manifestar em 6 de julho. Após a apresentação do goleiro Rossi, Marcos Braz e Bruno Spindel foram perguntados sobre protestos do Palmeiras contra a arbitragem feitos em frente à CBF e também por parte de João Martins, auxiliar de Abel Ferreira.
Martins afirmou o seguinte após ter se sentido prejudicado contra o Athletico-PR (2x2), pelo Campeonato Brasileiro, no dia 2: "Entendemos que é ruim para o sistema o Palmeiras ganhar dois anos seguidos". Braz contestou e lembrou que o Flamengo foi bicampeão entre 2019 e 2020. Spindel foi mais duro e cobrou sanções severas ao adversário.
- Primeiro, a gente confia plenamente na idoneidade da instituição e dos seus profissionais. E também no presidente da comissão de arbitragem, do Wilson Semene. A regra do jogo, dentro do que pode ser feito fora do campo, tem que ser muito clara, e as punições têm que ser muito severas para quem não respeita a regra do jogo. Questionar lisura e idoneidade publicamente das pessoas que trabalham lá e dos árbitros... Não estou falando que não tem erro, pode ter erro de arbitragem para todos os lados, acontece. Como a gente erra, como o treinador erra, como jogador erra, o VAR erra. Mas questionar idoneidade e lisura em busca de benefício esportivo é inaceitável e tem que ter punição dura - disparou.
Sampaolli, técnico do Flamengo — Foto: Gabriel Machado/AGIF
A entrevista foi concedida um dia após dirigentes deixarem o Maracanã muito irritados com a arbitragem de Flávio Rodrigues de Souza na vitória por 2 a 1 sobre o Athletico-PR. No off, além de alegar que houve falta em Pulgar no lance do gol de Canobbio (veja abaixo), o futebol rubro-negro também apontou conivência com a cera que enxergaram por parte do Furacão e reclamou de marcações invertidas. Na coletiva, porém, tais situações não foram abordadas.
Dentro da insatisfação com a postura do Palmeiras também está o fato de os paulistas terem conseguido o afastamento dos árbitros Émerson Almeida-MG, Marcus Vinícius-MG, Marcelo de Lima Henrique-RJ e Jean Pierre Gonçalves Lima-RS após queixas junto à CBF.
Se a contrariedade do Flamengo era mais voltada para a pressão feita pelo Palmeiras na CBF, a revolta passou a ter como foco a arbitragem. Suposto pênalti de RiVAR/Fifa-SP) não ter recomendado a revisão do lance e disse ter visto "erros inaceitáveis" durante o jogo.
Após a coletiva de apresentação de Allan, na última segunda-feira, Bruno Spindel novamente foi o escolhido para se manifestar contra a arbitragem. Dessa vez, porém, o clube nem havia aberto para perguntas aos repórteres. Spindel se antecipou e enfileirou as insatisfações rubro-negras em pronunciamento.
- A gente ficou muito indignado com um árbitro que não está acostumado com um jogo desse tamanho. Cometeu erros inaceitáveis. No pênalti sobre o Everton Ribeiro, há carga nas costas, que é tema de vídeos explicativos na CBF. - O outro lance muito preocupante é o gol anulado do Rony, em que o árbitro marca o impedimento, os nossos jogadores param, o Rony faz o gol e o VAR ainda vai revisar o lance. Causa uma indignação enorme o tipo de pressão a que o árbitro foi suscetível e como ele lidou. Fora outros lances em que os jogadores do Palmeiras não receberam cartões.
A irritação rubro-negra chegou ao limite após a vitória por 2 a 0 sobre o Athletico-PR, nesta quarta-feira. Anulação de gol de Gabigol no segundo tempo indignou jogadores e dirigentes que estavam na Arena da Baixada. O camisa 10 chegou a comemorar enquanto linhas eram traçadas nos telões do estádio, mas a tecnologia do VAR o invalidou.
Nos acréscimos, com a classificação rubro-negra encaminhada e com o Athletico precisando fazer dois gols em sete minutos, Bráulio da Silva Machado, de Minas Gerais, resolveu interromper discussão de Gerson com Thiago Heleno com dois cartões vermelhos. A direção rubro-negra entende que no máximo um cartão amarelo para os dois resolveria o debate acalorado, que não contou com agressões físicas.
Tais lances fizeram o Flamengo repetir o protesto do Palmeiras e não falar após o jogo. A manifestação oficial foi a seguinte: "Por determinação da direção de futebol, atletas e o técnico Jorge Sampaoli não concederão entrevistas após a classificação do Flamengo na Copa do Brasil. Trata-se de um protesto pelos erros repetidos e absurdos durante a partida".
Para o Fla-Flu do próximo domingo, pela 15ª rodada do Brasileiro, o Flamengo não tem Ayrton Lucas e Fabrício Bruno, suspensos por acúmulo de amarelos. Na partida de ida da semifinal da Copa do Brasil, contra o Grêmio, Gerson é desfalque certo pelo vermelho desta quarta-feira.
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