Chegou o momento do choque entre jogadores e dirigentes

29/11/2013 10:43

Chegou o momento do choque entre jogadores e dirigentes

Era preciso um estopim de verdade. E ele veio com as declarações desastradas do presidente do Náutico, Paulo Wanderley, sobre o pedido de pagamento dos salários atrasados dos jogadores do clube. O resultado foi uma dura nota do Bom Senso F.C., o grupo que hoje reúne praticamente todos os jogadores das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Pela primeira vez falou-se diretamente em paralisação das competições - e isso pode acontece já nesse final de semana.

Vamos por partes:

1) Por mais que o torcedor esteja decepcionado com a situação do seu clube de coração (e o torcedor do Timbu tem todo o direito disso), por mais que o presidente esteja furioso com o rebaixamento e em meio a um processo eleitoral, atrasar salários não tem justificativa - e não interessa quanto o cidadão ganha. Coloque-se no papel do atleta: você aceitaria ficar três, quatro meses sem receber, mesmo que na análise feita seu trabalho seja considerado insuficiente?

2) O torcedor não gosta, claro, mas em determinados momentos apenas a exposição pública da situação pode resolver o problema. O que aconteceu no Paraná, este ano, com o técnico Dado Cavalcanti abrindo o jogo sobre os atrasos salariais, provocou uma das atitudes mais surpreendentes da temporada, com o torcedor paranista bancando diretamente o clube. Todos - jogadores, técnico, dirigentes - podem ser criticados pela queda do time no segundo turno da Série B, mas a galera tricolor fez mais que seu papel, foram torcedores, patrocinadores e arrecadadores.

3) Não é só o Náutico, claro. Há, segundo o colega blogueiro da firma Martín Fernandez, mais cinco clubes da Série A em atraso. O tema é assunto constante nas reuniões do Bom Senso F.C. - e o que aconteceu no Timbu apenas acelerou o processo.

E a quinta de declarações pesadas em Recife gerou o momento que muitos já esperavam - o choque entre os jogadores, os protagonistas do futebol, com os donos do espetáculo, os dirigentes de clubes, federações e CBF. A reação não é contra o Náutico, e sim contra a forma como os cartolas estão tratando a união dos atletas. Essa hora iria chegar, mais cedo ou mais tarde. E o desenrolar desse caso, ainda mais se gerar a primeira grande greve do futebol brasileiro, pode ser o ponto de virada do nosso esporte - só não sei pra que lado.

Não digo que estou 100% com os atletas porque há algumas atitudes do Bom Senso F.C. que eu mantenho o pé atrás. Espero que eles tenham a consciência de que também precisam ceder em alguns pontos (principalmente na condenação a salários exorbitantes) para que seja realmente melhor para todos, como eles pregam. Mas nessa queda de braço entre jogadores e cartolas, estou com os boleiros.

734 visitas - Fonte: Globo Esporte


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