Antes do sorteio dos grupos da Libertadores, Rodolfo Landim e Marcos Braz torciam para que o Flamengo não enfrentasse adversários de cidades localizadas acima do nível do mar. Acabaram "premiados" com dois. Contra o Bolívar, em La Paz, os rubro-negros terão pela frente 3.600 metros de altitude. Já Bogotá, terra do Millonarios, fica sutilmente acima de 2.600 metros. A diferença de 1.000 metros entre as capitais da Bolívia e da Colômbia é significativa e impacta de forma decisiva na preparação para as duas partidas. Para entender como isso funciona, o ge conversou com Fábio Mahseredjian, chefe da preparação física do Flamengo.
A última vez que Mahseredjian trabalhou em uma partida de futebol com altitude foi justamente em La Paz, palco do duelo entre Bolívar e Flamengo, marcado para 24 de abril, entre os importantes confrontos com Palmeiras (21/4, em São Paulo) e Botafogo (28/4, no Maracanã).
Com Tite e os outros integrantes da comissão técnica, o preparador esteve lá em 29 de março de 2022 para enfrentar a Bolívia, pela última rodada das eliminatórias da Copa do Mundo do Catar. A tradicional estratégia de chegar à cidade no dia do jogo deu muito certo, e o Brasil conseguiu a maior vitória da história dos confrontos em La Paz: 4 a 0.
A importância de se voltar para casa quase que instantaneamente também se dá em respeito às seis horas em que os sintomas começam a aparecer. Com o Corinthians, em 2013, porém, Fábio Mahseredjian e a delegação corintiana não puderam voltar de pronto após o empate por 1 a 1. A falta de iluminação no aeroporto foi o motivo para seguirem em Oruro, onde a altitude é de quase 4.000 metros acima do nível do mar.
Compactação, técnica e organização para vencer Apesar das inegáveis perdas físicas e de ter que encarar logísticas complexas para essa primeira fase da Libertadores, Fábio Mahseredjian, uma das peças-chave da comissão de Tite, sabe o caminho para vitórias com autoridade, como a do Brasil em 2022 contra a Bolívia.




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