O volante -- e agora também zagueiro -- Felipe Melo foi revelado pelo Flamengo e nunca negou torcer para o time rival do clube em que atua hoje, o Fluminense. O amor que mostrou pelo Rubro-Negro durante toda a carreira, porém, segundo ele próprio, não existe mais. Atualmente, além do Tricolor, ele também ama o Palmeiras, onde atuou entre 2017 e 2021. "Cresci no Flamengo e torci para o Flamengo, mas me tornei profissional. Volto para o Brasil (em 2017) e venho para o Palmeiras. No Palmeiras, você começa a pegar um sentimento pelo clube", disse, em entrevista ao 'ge'.

"O Fluminense me abriu as portas perto dos 40 anos. Como não amar um clube como esse? Então eu não tenho problema nenhum em dizer que tenho muita gratidão pelo Flamengo, e ela vai ser eterna. Mas eu não amo mais o Flamengo", completou. O atleta disse também que não poderia ser hipócrita e explicou o sentimento de gratidão ao Flamengo. "Tem o tal politicamente correto, e eu não sou politicamente correto. Se me perguntarem, eu vou responder. Tenho um amor muito grande pelo Palmeiras, pelo Fluminense. E tenho uma gratidão muito grande pelo Flamengo, pelo Cruzeiro, pelo Grêmio. Pelos clubes por que passei. Pelo Flamengo, um pouco mais, porque foi o clube que me formou", afirmou.

"Tenho muita gratidão pelo clube, jamais alguém na face da Terra vai ver eu falar mal do Clube de Regatas do Flamengo, assim como qualquer clube por onde eu tenha passado, pela gratidão que eu tenho", disse também. O amor que hoje tem pelo Fluminense, que é o time pelo qual seu pai sempre torceu, foi construído na trajetória pela equipe de Laranjeiras. "O bom de ser verdadeiro é isso. Quando eu chego no Fluminense, eu beijo o escudo, falo que amo o Fluminense? Não. Muito obrigado ao Fluminense, sempre tive muito carinho pelo Fluminense, pela história. Vou dar a vida pelo Fluminense, conquistar as coisas. Hoje eu amo o Fluminense", pontuou.

Fim do apelido de pitbull Felipe Melo foi conhecido ao longo da carreira como pitbull, por ser um volante de raça, brigador e firme nos lances. Com quase 41 anos, ele não quer mais o apelido. "O que mais tem hoje é pitbull no futebol. Não quero nem mais ser chamado de pitbull. Qualquer um que dá um carrinho é chamado de pitbull", disse. "Antigamente, você tinha pelo menos que conquistar um troféu. Hoje qualquer um é. Podem ter filhotes, mas um grande pitbull tem que deixar um legado", completou.