As reclamações contra a arbitragem feitas por Marcos Braz e Bruno Spindel, dirigentes do Flamengo, após o empate por 1 a 1 contra o Red Bull Bragantino na noite de sábado (05), repercutiram em Minas Gerais. O presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho, ironizou as críticas. "A vida nos apresenta grandes surpresas. No futebol não é diferente. Eu achei que ia morrer sem ver o Flamengo reclamar de uma arbitragem. Mas eu vi, eu presenciei e foi ontem", disse, segundo o ge. "O pior que reclamaram sem ter razão. Sabemos que vale como pressão. Reclama hoje para amanhã ter um benefício qualquer", completou.

Por que Braz e Spindel reclamaram? O Flamengo não gostou da atuação do árbitro Paulo Cesar Zanovelli da Silva no empate contra o Red Bull Bragantino. O Rubro-Negro reclamou principalmente de dois momentos: a sugestão do VAR -- acatada pelo árbitro -- de tirar um cartão vermelho dado a Luan Cândido, do Massa Bruta, e o fato de não ter sido chamado para analisar um possível pênalti em Luiz Araújo. Ao fim da partida, Marcos Braz e Bruno Spindel fizeram um pronunciamento para criticar a forma como a CBF está conduzindo a arbitragem no futebol brasileiro.

Braz chegou a chamar o árbitro Raphael Claus, que apitou o clássico contra o Botafogo na última semana, de "frouxo". "Contra o Botafogo, em que perdemos o jogo, o jogador botou uma máscara dentro de campo na frente do juiz. O juiz frouxo sequer 'amarela'. Ele deveria ter dado amarelo, mas esse 'deveria' não é interpretação, é regra. Na jogada subsequente, o mesmo jogador tomou amarelo. É estarrecedor o que está acontecendo. Está dando pena ver os árbitros, quem conhece de futebol... Pena!", reclamou Braz.

"O que aconteceu hoje aqui é uma vergonha, de dar raiva. Interferiu diretamente no resultado. A falta de critério é explícita. O medo dos árbitros quando apitam com o Flamengo é explícito. A CBF claramente passa uma mensagem: 'Se for correto no jogo do Flamengo, vai para a geladeira'", reforçou Spindel. Braz chegou a falar em possível interferência externa no VAR. "O que vimos hoje é digno de pena. Em não chamar o VAR em lances que eram fáceis de você interpretar, de usar a tecnologia. Só que quem está no VAR está pressionado. Tem interferência nos pontos, que entram por aqui pelo telefone. Interferências que eu digo que falam se foi ou não, o que acham. Essa interpretação tem que ser da pessoa que está ali na hora", disparou.

"Eu vou dar uma sugestão, não sei se tem isso, entrou dentro do VAR, não pode ter celular e nenhuma comunicação que não for a comunicação pertinente a fazer o trabalho. Está dando pena, isso é que é a verdade", completou. O dirigente ainda encerrou o pronunciamento mandando um 'recado' à CBF. "A mensagem está dada. Agora só quero saber e entender se quem grita mais é quem vai levar. Se for assim vamos começar a ir para outro caminho nessa relação do dia a dia com a CBF", finalizou.