Donos dos dois elencos mais valorizados do futebol na América, Flamengo e Palmeiras contam com craques em campo para a disputa dos principais títulos da temporada. Mas além daqueles nomes que chegam aos clubes agitando grandes negociações, as duas diretorias trabalham também na formação das joias nas categorias de base. Ambos, inclusive, se destacam na última década pelas vendas de impacto ao futebol europeu como Vinicius Jr., Endrick, Lucas Paquetá e Estêvão.
Assim como no futebol profissional, Flamengo e Palmeiras rivalizam também nos gramados da base. “Lembro dos jogos contra o Palmeiras, era o grande clássico da base”, disse Gustavo Mueller , zagueiro que atualmente defende o Al-Nasr , de Dubai, em entrevista à ESPN . “A gente foi campeão contra eles na final do Brasileiro Sub-20 e também na Supercopa. É um grande clássico hoje, são duas das grandes equipes do futebol brasileiro e também era na base no nosso tempo. Só mostra a qualidade que tinha na base ali, e mostra que são dois clubes bem estruturados que rendem frutos na base desde bastante tempo”. O defensor, formado nas categorias de base do Flamengo, atuou no clube ao lado de nomes de destaque como João Gomes, Rodrigo Muniz, Matheuzinho, Richard Rios, Natan e Hugo Souza.
“A gente falava que tinha uma geração dourada onde todos os campeonatos que participamos, a gente se sagrou campeão. Tínhamos grandes atletas, e agora vários despontando no futebol brasileiro e mundial, disputando Champions League e tudo mais. Foi uma grande passagem. Sou muito grato ao Flamengo pelo período em que eu estive lá. Foi muito aprendizado”, disse Gustavo, que rumou em 2020 para o Al Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos. “Quando chegou a proposta eu decidi seguir novos caminhos pela minha idade e buscando mais oportunidades. Com certeza sou muito grato ao Flamengo por ter me ajudado em todos esses passos”. Multicampeão pelo Al Sharjah, Gustavo está desde 2023 no Al-Nasr. Mas mesmo de longe, o brasileiro vê que o trabalho de Flamengo e Palmeiras para formar novos craques ainda segue rendendo frutos pela dedicação de longo prazo, tornando dos clubes dois dos principais formadores do Brasil. “Acredito que é o trabalho completo. Um trabalho muito profissional sendo feito na observação de jogadores, todo o staff de base é muito completo que nos dava muito apoio fora de campo que ajudava a gente a melhorar bastante. E também pelo clube ser muito organizado, tanto na base quanto no profissional. Grandes investimentos que a gente recebe também na base. Eu via que nosso plantel na base tinha muito mais recurso do que muitos clubes profissionais. Isso ajuda bastante na evolução para os jogadores chegarem mais prontos no profissional”.
Atualmente, Gustavo está atuando no Al-Nasr, mas enxerga que o trabalho de Flamengo e Palmeiras para a formação de novos craques continua rendendo frutos. Ele destaca a dedicação de longo prazo das equipes, transformando-as em dois dos principais formadores do Brasil.




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