As diretorias de Flamengo e Portuguesa ainda não aceitaram a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) de tirar quatro pontos de cada equipe pela utilização irregular de jogadores – o Rubro-Negro foi punido por usar André Santos, enquanto a Lusa levou a pena devido a Héverton. Os quatro pontos, inclusive, rebaixaram o clube do Canindé à Série B no lugar do Fluminense.

Ilídio Lico, que assumiu a presidência da Portuguesa nesta quinta-feira, tem reunião marcada com Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo, nos próximos dias, para discutir a possibilidade de ações conjuntas.

As duas alternativas mais próximas são recorrer à Justiça comum ou à Corte Arbitral do Esporte, com sede na Suíça. Ambas, porém, podem ter consequências duras. Principalmente a primeira.

Isso porque a Fifa condena a utilização da Justiça comum para processos esportivos. A entidade máxima do futebol, inclusive, costuma ameaçar os clubes e até as federações, no caso a CBF. A Lusa parece disposta a encarar as consequências, enquanto o Rubro-Negro ainda não tem posição formada.

Já sobre a Corte Arbitral do Esporte, trata-se de um órgão de mediação esportivo com sede na Suíça. A ideia de recorrer a ele foi do Flamengo. A Portuguesa não descarta a ideia, mas já foi informada de que os processos que são submetidos ao tribunal suíço costumam levar até dois anos para serem decididos.

“Não temos todo esse tempo. Precisamos de uma definição urgente, porque não achamos justo jogar a Série B depois de terminarmos o Brasileirão no 12º lugar”, justifica Ilídio Lico.

Sem os quatro pontos, o Flamengo caiu da 11ª colocação para a 16ª, apenas uma antes da zona de rebaixamento.