Um dos maiores ídolos e símbolos do Flamengo, Adílio foi velado na manhã desta terça-feira por figuras importantes e torcedores na sede social do clube, na Gávea. Adílio, que tinha 68 anos, não resistiu a um câncer no pâncreas. Ele deixou três filhos - Soni, Adílio Filho e Bruna - e a esposa Sônia. A cerimônia foi marcada por muita emoção, grande presença de torcedores e um sem-número de ex-atletas, treinadores e outras importantes figuras do futebol.
Ex-jogadores de todas as gerações grandes nomes do Flamengo compareceram ao velório, realizado no Ginásio Hélio Maurício. Andrade, ídolo, amigo e companheiro de meio de campo durante a maioria dos títulos conquistados, foi um dos primeiros a chegarem. Da escalação inicial que venceu o Liverpool por 3 a 0 em 13 de dezembro de 1981, marcaram presença Raul, Leandro, Mozer e Júnior; Andrade e Zico, além de Nunes.
É duro, doído, 68 anos, tinha muita coisa pela frente. Você nunca está preparado para a perda de um irmão. Sabemos que a morte é inevitável, mas nunca estamos preparados - disse Andrade, bastante emocionado e ídolo que sempre teve seu nome intrinsecamente ligado a Adílio.
Maior ídolo da história do Flamengo, Zico relembrou a parceria com Adílio dentro e fora dos gramados, destacando como a vitoriosa geração rubro-negra no início dos anos 1980 se conhecia "de olho fechado".
Nascido em 15 de maio de 1956, Adílio de Oliveira Gonçalves estreou nos profissionais do Flamengo em 27 de abril de 1975, quando tinha apenas 18 anos. O "Brown", como era chamado por seus companheiros por causa da adoração ao cantor americano James Brown, vestiu a camisa rubro-negra até 1987 e marcou 129 gols, tornando-se o 14º maior artilheiro do clube com 129 gols.
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