O Flamengo aprovou em seu Conselho a proposta da Adidas para fornecer os materiais esportivos do clube.

Os valores negociados, que já eram os maiores do Brasil, R$ 380 milhões por dez anos, foram ampliados para R$ 420 milhões, sem contar alguns acréscimos que podem ou não vir a ser efetuados, dependendo do desempenho da equipe nos campeonatos a serem disputados.

A diferença financeira de R$ 120 milhões a mais do que receberá o Corinthians pelo acordo formado com a Nike provocou mal estar no Parque São Jorge.

Tudo porque, devido à incompetência do departamento de marketing alvinegro, que deixou o caixa do clube à mingua após um ano sem patrocínio na camisa, aceitou-se os valores da renovação com a antiga fornecedora sem que se desse margem ao recebimento de outras propostas.

A pressa fez o Corinthians, atual campeão da Libertadores e Mundial, com marca de valor, no mínimo, semelhante a do Mengão, perder mais de R$ 100 milhões.

Outro fator que certamente influenciou no acerto do Corinthians por valores bem menores do que o Flamengo é a concorrência que os próprios dirigentes do clube possuem com a fornecedora de materiais.

Porque se a Nike consegue vender as camisas oficiais do Corinthians como poucas, perde, porém, nas disputa pelos materiais de preços populares, tendo que concorrer em absoluta situação de deslealdade comercial com a Poá Textil (agora SPR), lidada ao vice-presidente alvinegro, Luis Paulo Rosenberg.