A tarde em Belém foi marcada por muita chuva e por um amasso do Flamengo em cima do Botafogo. O time de Filipe Luís - mesmo sem força máxima - foi soberano e transformou a pressão inicial em resultado rápido. Nem mesmo o dilúvio na capital paraense diminuiu o ritmo da equipe, que venceu por 3 a 1 e conquistou a Supercopa Rei. O título deixa um recado claro: o Flamengo vem forte em 2025. Antes da tarde de domingo, o time titular havia disputado apenas a partida contra o Volta Redonda pelo Carioca. Mas não era isso que parecia. Quem assistiu o Flamengo de Filipe Luís jogar se impressionava desde os minutos iniciais no Mangueirão. Time compacto, incisivo, imponente e dominante. O Flamengo competiu, amassou e foi superior em seu primeiro grande teste no ano. E justamente contra o time que encerrou a última temporada ostentando o melhor futebol da América do Sul. É claro que ainda é cedo para prever qualquer coisa, mas dá para trabalhar com fatos: é nítida a evolução do time sob o comando de um técnico promissor que chegou ao seu segundo título em 18 jogos oficiais. A pré-temporada foi de suma importância para Filipe Luís trabalhar e implementar com calma a sua ideia de jogo. Aos poucos, o treinador vai dando a sua cara a um time que muitos já consideravam pronto - tanto pelas conquistas ou simplesmente pela qualidade dos nomes. O tempo responderá, mas o Flamengo dá mostras de que pode viver uma temporada promissora dentro de campo. E Filipe Luís deixa a sensação de que os quatro meses como técnico profissional - em que teve mais títulos do que derrota - são o início de uma história de um treinador que há tempos não se via. O título carrega um peso: foi conquistado em cima de um rival carioca que viveu uma temporada fora da curva no ano passado, superando a dificuldade de um dilúvio que acarretou em uma paralisação de 1h12 até a bola rolar novamente e, para completar, de forma soberana e praticamente sem sustos defensivos. A conquista torna o Flamengo hegemônico na Supercopa do Brasil. Destaque do cenário nacional, o clube disputou seis dos oito títulos e conquistou três (2020, 2021 e 2025). Esta foi a primeira decisão de uma temporada que ainda há cinco títulos a disputar: Carioca, Brasileirão, Libertadores, Copa do Brasil e Mundial de Clubes. A vitória e o título são credenciais de um time que deve brigar por todos os títulos que disputará ao longo de 2025 - incluindo o Mundial. Gols, chuva e paralisação Ainda sem Arrascaeta - sem condição física de atuar por 90 minutos - entre os títulos, Filipe Luís optou por manter o Flamengo que fez o primeiro jogo na temporada com força máxima, com Michael, Plata e Bruno Henrique na linha de ataque. Os 11 iniciais foram: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Erick Pulgar, De la Cruz, Gerson e Michael; Plata e Bruno Henrique. Foram nove minutos até a pressão inicial do Flamengo surtir efeito. Bruno Henrique recebeu passe de Gerson foi derrubado por Lucas Halter na área. Na cobrança de pênalti, o camisa 27 bateu forte, a bola ainda tocou em John, mas foi para o fundo da rede. Poucos minutos depois, o árbitro Ramon Abatti Abel decidiu paralisar a partida em virtude da chuva que deixou o campo sem condições de a bola rolar. Depois de 1h12 de paralisação, Flamengo e Botafogo voltaram a campo. E não demorou muito para o Rubro-Negro comemorar novamente. Quatro minutos após a bola rolar novamente, Rossi lançou Plata, que ajeitou de cabeça no meio para Michael. O atacante dominou e abriu para Bruno Henrique. O camisa 27 bateu de direta para marcar um golaço para o Flamengo, ampliando o placar. 2x0. Pressionado desde o apito inicial, o Botafogo só chegou perto do gol de Rossi quase aos 30 do primeiro tempo. Os primeiros 45 minutos foram marcados por muita movimentação do trio de ataque junto a Gerson - com destaque ao lado direito de Wesley. O capitão foi um maestro: todas as jogadas passavam por ele. Ambiente controlado O Flamengo voltou sem mudanças e manteve a alta rotação nos minutos iniciais. Logo aos três minutos, Michael aproveitou saída de bola errada da defesa do Botafogo para disparar em direção ao gol e tocar para Plata, que dominou e acabou parando em grande defesa de John. No segundo jogo do ano dos titulares, era natural que o Flamengo não conseguisse sustentar a atuação do primeiro tempo. Mas isso não quer dizer que foi mal na segunda etapa. Só usou de uma estratégia: deixou a bola mais tempo com o Botafogo. E quis o destino que o adversário estivesse em um dia bem longe daquele futebol que conquistou a América. Aos 25 minutos, Filipe Luís mexeu pela primeira vez colocando Arrascaeta no lugar de Plata. Foi a partir disso que o Flamengo recuperou a posse de bola e voltou a marcar presença no ataque até o fim da partida. Filipe Luís promoveu mais duas mudanças: Luiz Araújo e Juninho entraram nos lugares de Michael e Bruno Henrique, respectivamente. E Luiz Araújo precisou de poucos minutos em campo para marcar o terceiro e garantir o título para o Flamengo: o atacante deu o bote em Lucas Halter, ficou com a bola e tocou por cobertura de John. A partir daí, os gritos de “olé” vindos da torcida rubro-negra dominaram o Mangueirão. Em uma das raras chegadas do Botafogo, Patrick de Paula diminuiu: Rossi fez grande defesa em chute de Artur, mas não evitou o gol do meio-campista no rebote dentro da área. Nos minutos finais, Danilo e Evertton Araújo entraram nos lugares de Léo Pereira e De la Cruz, respectivamente. O estreante da noite entrou como zagueiro.
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