Transfermarkt acima de tudo: vale mesmo comparar o valor de mercado dos times na hora de apostar?

10/3/2025 12:55

Transfermarkt acima de tudo: vale mesmo comparar o valor de mercado dos times na hora de apostar?

Dinheiro é parte essencial do futebol, com transferências bombásticas sempre estampando os noticiários. Desde que a barreira dos 100 milhões de euros foi quebrada com a ida de Philippe Coutinho do Liverpool para o Barcelona em 2018, os torcedores já se acostumaram a ver grana alta rolando solta.



Mas será que o preço dos jogadores tem alguma importância para quem faz apostas no futebol? Os apostadores pensam em um monte de coisas na hora de dar seu palpite: desde o serviço da casa de apostas até o histórico dos jogos. Por exemplo, se vão fazer apostas pequenas, eles preferem um site conhecido ou uma plataforma nova bet de 5 reais ou até 1 real. Aí, analisam os detalhes do jogo — as odds, as estatísticas e até o valor dos elencos. A ideia óbvia é que um craque caro vai impactar mais uma partida do que um jogador que custou bem menos no mercado. Mas será que é sempre assim?


A visão do elenco


Muita gente fala sobre o quanto um elenco custa em comparação com outro. Um exemplo clássico é o Chelsea, da Premier League, que já gastou mais de 1,5 bilhão de libras desde a compra do clube em 2021. Com esse valor, eles deveriam ser o time mais temido do planeta.



Mas a real é que estão penando para ficar entre os quatro primeiros no Campeonato Inglês, sem nem pisar na Champions League desde as quartas de final em 2023. Ou seja, apesar de toda essa grana, os Blues não têm os resultados para justificar. Na temporada 2022/23, por exemplo, tinham o segundo elenco mais valioso da Premier League e terminaram em 12º.



Agora, olha o Fortaleza na Série A. Em 2024, o time chegou ao G-4 com um dos menores orçamentos da liga (47,15 milhões de euros).


Análise de custo


Tem resultados desta temporada da Premier League que jogaram a ideia de valor de elenco como previsão pela janela afora, tipo a vitória do Nottingham Forest (406,18 milhões de euros) contra o Liverpool (967,50 milhões) e as derrotas do Manchester City (1,30 bilhão de euros) para Aston Villa (642,15 milhões) e Brighton (549,40 milhões). Isso vale para qualquer liga, inclusive o Brasileirão.



A derrota do Palmeiras (230,45 milhões de euros) para o Fluminense (66,75 milhões) e o empate com o Fortaleza nunca deveriam ter rolado se o valor do elenco fosse um indicador de verdade. No fim, esses valores são só um sinal do potencial de um time, não do resultado de um jogo.


Jogadores individuais


A transferência de Cristiano Ronaldo do Manchester United para o Real Madrid em 2009 custou 94 milhões de euros, mais que o dobro do recorde anterior envolvendo um clube da Premier League. Foi uma grana absurda, mas o Real Madrid com certeza teve retorno à altura.


Sete anos depois, Paul Pogba saiu da Juventus para o Manchester United por cerca de 4 milhões de euros a mais e acabou sendo considerado um fiasco por lá. São transferências gigantes como essas que geram mais debate, mas jogam uma luz interessante sobre quanto peso devemos dar ao valor de um jogador em determinada posição.


Isso fica ainda mais evidente no papel de centroavante. A ida de Harry Kane para o Bayern de Munique por 100 milhões de euros foi um baita reforço, já que ele sempre ia garantir um monte de gols para os gigantes da Bundesliga.


Mas, de novo, o valor sozinho engana: Erling Haaland não custou nem perto disso ao Manchester City e mesmo assim é um dos melhores e mais goleadores da atualidade.


Como um cara como Haaland marca mais vezes que nomes como Liam Delap, do Ipswich, ou Rasmus Højlund, do Manchester United, o valor individual de um atacante acaba entrando em cena em mercados específicos, como apostas em artilheiros ou na briga pela Chuteira de Ouro.


Valores, não taxas


Outro problema de basear tudo em taxas de transferência é que os custos mudam. Um craque de 10 anos atrás sairia bem mais barato do que um jogador do mesmo nível no mercado de hoje. A melhor saída é usar o Transfermarkt para checar os valores atuais dos jogadores. Isso dá uma ideia mais clara do status atual de um atleta e oferece um acompanhamento detalhado do preço dele no mercado hoje em dia.


Esquecendo o time


Craques que custaram uma fortuna, como Declan Rice no Arsenal, Enzo Fernández no Chelsea e Jude Bellingham no Real Madrid, ainda são só peças de um time. Um jogador top pode até inflar o valor do elenco, mas isso sozinho não faz o preço pesar nas estratégias de aposta.


Um reforço novo, por exemplo, pode demorar pra se adaptar ao time — se é que vai. Apesar da grana gasta nos últimos três anos, o Chelsea não tem um centroavante matador, enquanto o Aston Villa garimpou Ollie Watkins há quatro anos por apenas 34 milhões de euros.


O que importa, então, é o conjunto. Um time pode estar ganhando mesmo se o atacante de 100 milhões de euros estiver em seca, ou ter um meia ofensivo avaliado em 100 milhões, mas uma defesa horrível que ele não consegue compensar.


Para apostar, o jeito é olhar o cenário todo por meio de estatísticas: desempenho em casa, solidez fora, histórico de confrontos. Dinheiro não garante vitória.


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