"Uma grande roda de bobinho no Maracanã". A frase do narrador Gustavo Villani durante a transmissão de Flamengo x Juventude, na quarta-feira, serviu bem para definir o jogo da quarta rodada do Brasileirão. O Rubro-Negro colocou o adversário na roda, e o time gaúcho saiu atordoado do Maracanã. A goleada por 6 a 0 mostrou diferentes faces de um Flamengo organizado e que soube usar a posse de bola para agredir. Impressiona a intensidade do time de Filipe Luís durante os 90 minutos. Esta é uma característica conhecida do treinador, mas, mesmo em ritmo de treino, com o Juventude totalmente sob controle e 3 a 0 no placar antes da metade do primeiro tempo, o Flamengo não diminuiu o ritmo.
— Uma das coisas que bato muito na tecla e luto é que o time não baixe o ritmo. Que continue com o ritmo e intensidade altos, pressionando o tempo todo — resumiu o técnico após a goleada . E foi mesmo pressão do Flamengo nos 90 minutos. Com Bruno Henrique, Juninho e Pedro no banco, Filipe Luís escalou o time com Plata na função de centroavante. E Gerson em noite inquieta: o capitão circulou por todos os lados e acelerou o jogo rubro-negro desde o primeiro minuto. A movimentação do Flamengo é algo a se destacar.
O time, como de costume, atraiu o Juventude e começou a construção desde trás, com a bola passando por todo mundo em busca dos espaços. Do lado direito para o lado esquerdo e vice-versa, balançando o adversário. Um perde e pressiona intenso, com rápida recuperação, sem dar chances para os gaúchos reterem a bola. Foram 14 desarmes. A bola aérea ofensiva foi usada com êxito em mais uma noite inspirada de Arrascaeta.
O camisa 10 cobrou duas faltas com perfeição pelo lado direito, e o Flamengo soube aproveitar a altura dos seus defensores. Aos 12 minutos, Erick Pulgar subiu no meio da área e cabeceou para abrir o placar, em lance em que a bola fez curva e entrou no ângulo direito de Gustavo: Aos 21, foi a vez de Danilo cabecear para as redes: O gol do zagueiro foi o terceiro. Entre os dois lances aéreos, o Flamengo já tinha marcado outro gol. Por baixo, numa construção por dentro.
A pressão aumentou no segundo tempo, com a entrada de Luiz Araújo no lugar de Pulgar. Com 3 a 0 e o Juventude sem reação, Filipe Luís tirou um jogador de marcação para colocar um atacante. O Flamengo foi para a frente com cinco homens: Gerson, Arrascaeta, Luiz Araújo, Michael e Plata. Aos 10, Michael fez a fila, deixou três marcadores na saudade e tocou para Arrascaeta na entrada da área. O que veio a seguir foi uma finalização que poucos conseguiriam executar.
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