A relação entre torcida e diretoria do Flamengo vive momento de tensão. Durante a vitória sobre o Juventude, na última quarta-feira (16), pelo Brasileirão, o clima no Maracanã foi de protesto. Cânticos como "ô, baixa o ingresso" e xingamentos ao presidente Bap ecoaram nas arquibancadas. Uma faixa exposta pela torcida resumiu o sentimento: “ingresso caro, arquibancada vazia”. Apesar das reclamações, os números mostram que o Flamengo continua arrecadando valores expressivos com bilheteria. Nas últimas três partidas como mandante, a renda bruta ultrapassou R$ 8,5 milhões — uma média de quase R$ 2,9 milhões por jogo. A renda líquida, no entanto, é menor por conta dos altos custos operacionais do Maracanã.

O Flamengo tem adotado uma política de precificação de ingressos que varia por setor e demanda. As entradas cheias para a arquibancada Norte, onde ficam as torcidas organizadas, custam R$ 100. Este valor é para o público geral e não considera descontos para sócios-torcedores ou meia-entrada. No setor mais caro, o Maracanã Mais, os valores chegam a R$ 600 em partidas da Libertadores. Vale destacar que, com os descontos, o ticket médio (renda bruta dividida pelo número de pagantes) das partidas é inferior a R$ 80.
Ainda assim, os preços continuam sendo motivo de queixa. Desde o início da nova gestão, o Flamengo tem fechado parte dos setores do Maracanã para reduzir os custos operacionais. A abertura é feita conforme a demanda por ingressos aumenta. A prática, aliada aos preços considerados altos, tem provocado o esvaziamento parcial das arquibancadas e gerado críticas por parte das torcidas organizadas e dos torcedores comuns.
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