As polêmicas e reclamações foram a tônica na vitória do Flamengo por 2 a 1 sobre o Vasco, na volta do Clássico dos Milhões ao Maracanã . Mas no plano de fundo houve espaço para outros destaques da parte do desgastado Rubro-Negro. O time apresentou sinais de cansaço por ter jogado mais de 80 minutos com um homem a menos no México, pela Libertadores, e ainda de ter encarado 22 horas de viagem na volta ao Rio de Janeiro. Em meio ao rendimento abaixo da média, com o time pressionado a maior parte do tempo, Felipe teve dificuldades com algumas defesas, Hernane Brocador segue em jejum no seu palco favorito, Cáceres vira cão de guarda, e Gabriel se torna herói.

GABRIEL HERÓI SORTUDO

Gabriel entrou aos 13 do segundo tempo, ficou só 36 minutos em campo, participou de só três lances de ataque, mas foi decisivo. No primeiro toque na bola, pegou a rebatida de uma cobrança de falta e arriscou o chute que foi desviado para escanteio. No segundo, cruzou na medida para Hernane, só que a zaga do Vasco conseguiu o corte. E no fim, teve sorte. Tentou o passe na área, a bola bateu no marcador e voltou para ele, que resolveu chutar. Não pegou forte, mas o leve desvio em Guiñazu tirou as chances de Martín Silva e fez a bola bater na trave e entrar.

CÁCERES LADRÃO DE BOLA

Cáceres foi um dos poucos que mostrou fôlego em meio ao cansaço coletivo do time. O volante que já havia se destacado contra o León, no México, voltou a aparecer bem na parte defensiva do clássico e tomou o rótulo de cão de guarda de Amaral. Ele roubou quatro bolas e foi o maior ladrão da partida. Depois dele, Everton aparece com duas roubadas, e os demais rubro-negros chegaram a no máximo uma.

HERNANE ATRAPALHADO

Ele é o artilheiro do novo Maracanã com 18 gols, mas este ano ainda não sabe o que é balançar a rede no seu palco preferido. Hernane fez seu terceiro jogo no estádio até agora na temporada. Teve muitas chances contra o Duque de Caxias e poucas diante de Fluminense e Vasco. Com direito a gol perdido de forma esquisita no último clássico que coloca em xeque o faro de goleador do atacante. Ele tentou chutar ou cabecear cara a cara com Martín Silva?

BOBEIRAS DE FELIPE

Apesar de não ter conseguido evitar a derrota no México, Felipe foi o nome do time contra o León. Mas no clássico a atuação ficou devendo. É bem verdade que a maior parte das finalizações do Vasco não foram na direção da meta do camisa 1. Porém, nas poucas que tinham endereço do gol, ele deu bobeira. Está lá, no manual dos goleiros: não espalmar para frente da área. Ao menos deu sorte de a bola não encontrar nenhum rival no caminho.

MAIS POLÊMICA?

O clássico ficou mais marcado pelas polêmicas envolvendo os gols de falta de Elano e Douglas - este último não validado pela arbitragem. E não é que Felipe ainda viu mais uma. Pelo menos na visão do goleiro, Edmílson o atrapalhou no lance do gol de Fellipe Bastos. O camisa 1 do Fla disse que a bola desviou na mão do atacante, e que o próprio teria admitido isso para ele.