O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) decidiu manter a fiança de R$ 2 milhões imposta ao atacante Bruno Henrique, do Flamengo, no âmbito do inquérito que apura possível envolvimento do jogador em manipulação de resultados esportivos. A informação foi revelada pelo portal Leo Dias, que teve acesso exclusivo ao documento com a decisão.
A defesa do jogador havia apresentado impugnação ao pedido da fiança, alegando ausência de requisitos legais para a medida cautelar. No entanto, o MPDFT entendeu que a cobrança era necessária, com base no artigo 319, inciso VIII, do Código de Processo Penal, para garantir o comparecimento de Bruno Henrique aos atos do processo e assegurar o bom andamento das investigações.
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No parecer, a promotoria argumentou que a rotina profissional do atleta, que envolve compromissos constantes no Brasil e no exterior, representa um risco à condução da apuração, criando “inegável incerteza” sobre sua disponibilidade para participar do processo judicial. Por isso, considerou a fiança uma medida proporcional e adequada ao caso.
A investigação segue em curso, e o Flamengo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Bruno Henrique, por sua vez, segue integrado ao elenco rubro-negro enquanto sua defesa analisa os próximos passos jurídicos.
O jogador começou a ser investigado em 2024 por suspeita de manipulação de resultados ligados a cartões amarelos durante partidas, após a Polícia Federal e o Ministério Público instaurarem a chamada Operação Spot-Fixing.
As autoridades investigam se o atleta provocou propositalmente a punição, sabendo que parentes e amigos fariam apostas específicas com base nessa informação privilegiada.
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