Um dos únicos dois clubes grandes realmente bem administrados do país, o Flamengo está fora do Mundial de Clubes . Após uma primeira fase brilhante, a lógica aconteceu nas oitavas de final: o Bayern de Munique venceu por 4 a 2 e mandou o rubro-negro para casa. O sonho do Flamengo acabou, mas o sentimento é bem direrente de outra derrota do futebol brasileiro para um rival alemão.
O Flamengo provou que sua distância para os gigantes europeus é bem menor do que o Brasil ficou sabendo para outras seleções quando levou 7 a 1 da Alemanha, na Copa de 2014. Na derrota em Miami para o Bayern, o Flamengo mostrou bola, caráter, coragem. Teve mais posse de bola e finalizou muito mais. Cometeu erros tolos e uma confiança exagerada nas saídas de bola, mas na maior parte do jogo encarou o o rival de igual para igual. Bem ao contrário da covardia, do atraso tático, do vexame que a seleção brasileira cometeu em 2014, e repete com frequência nos últimos 20 anos.
E não foi um golpe de sorte que fez o time de Filipe Luís ter uma atuação muito mais que digna contra o Bayern. O time alemão fatura mais de 1 bilhão de euros por ano, ou praticamente cinco vezes a receita flamenguista. Mas o clube carioca, assim como o Palmeiras , há mais de dez anos mostra que o futebol brasileiro não precisa ser uma bagunça. O Flamengo trabalha há mais de dez anos para chegar onde está hoje. Sofreu, passou vexames. Mas fez a lição de casa que outros grandes não são capazes de fazer. Hoje, tem dinheiro para contratar grandes jogadores. Tem as contas em ordem. Organização muito acima da média. Ainda não dá para ganhar de time grande europeu. Mas dá para voltar para casa com a cabeça erguida.
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