Negueba e Muralha comemoram juntos o gol do atacante: amizade longa (Foto: Cleber Mendes/LANCE!Press)

"Sintonia que vem da base". Foi assim que Muralha, em seu Instagram, definiu a parceria com Negueba um dia após ter dado um lindo lançamento para o gol do amigo, na vitória por 2 a 0 sobre o Madureira, quando ambos brilharam. Companheiros desde o infantil do Flamengo, a dupla, de apelidos curiosos, desfruta desta amizade em campo, usufruindo do entrosamento de longa data.

- A sintonia vem da base mesmo. Eu e o "Neguinho" já nos entendemos só no olhar. Quando dominei no meio de campo, já sabia que ele ia disparar. Tive a felicidade de acertar o passe e ele de fazer o gol. Graças a Deus deu tudo certo - disse Muralha, relembrando o segundo gol contra o Tricolor Suburbano.

Negueba, que vive um recomeço no Rubro-Negro após deixar o clube e ter uma passagem apagada no São Paulo, valorizou a amizade construída.

- Essa amizade facilita bastante. Temos muito entrosamento não só dentro de campo como fora. Temos uma amizade muito legal. Contra o Madureira, eu nem pedi a bola e ele já a enfiou. Sempre jogamos juntos e fomos felizes - destaca Negueba.

Em comum na ainda curta carreira profissional de ambos está a "intromissão" do técnico Vanderlei Luxemburgo nas referências a ambos, cada um de um modo. Com o atacante, criou a já famosa expressão "alegria nas pernas", se referindo ao fato de Negueba ser habilidoso. Já com o volante, a tentativa foi a de tirar o apelido de Muralha, algo que não ocorreu.

- Ele tentou mudar, mas ele mesmo não conseguiu me chamar de Luiz Philipe e me chamava de Muralha (risos). Eu prefiro que me chamem de Muralha - ressalta o jovem.

Negueba também não se importa com a expressão e garante que isso não lhe traz nenhum peso:

- É boa a expressão ("alegria nas pernas"). É uma forma carinhosa que ele teve de colocar esse rótulo em mim. Vejo com naturalidade.

EMOÇÃO COM O PRIMEIRO GOL NO MARACANÃ

A noite da última quarta-feira, para Negueba, foi ainda mais especial. Contra o Madureira, fez seu primeiro gol no Maracanã, um sonho de criança, desde os tempos em que ia para a arquibancada do Maior do Mundo acompanhado de seu pai Carlos.

- É uma sensação muito engraçada, porque um dia eu estava aplaudindo algum jogador e, agora, tive a oportunidade de fazer o meu próprio - disse o atacante, que contava com a presença no estádio dos pais e do irmão mais novo:

- Meu irmão de sete anos ficou bastante feliz. Quase passou mal na hora do gol que minha mãe falou (risos).

Franzino, o jogador tem passado por um trabalho especial com a preparação física e já aparenta resultados:

- Estou fortalecendo bastante meu joelho, senão fica um pouco fraco. Também tenho feito um trabalho de musculação para ficar mais fortinho.

Negueba e Muralha deverão iniciar a partida deste sábado, contra o Resende, em Volta Redonda, no banco de reservas.