O Flamengo empatou com o Ceará e, apesar de se manter na liderança, perdeu a chance de se isolar na ponta da tabela do Brasileirão após a vitória do Cruzeiro nesta rodada. Foi uma noite de dois tempos distintos no Castelão. O time de Filipe Luís caiu de rendimento na segunda etapa e deixou evidente que terá de fazer mais para avançar no mata-mata da Copa do Brasil. Junto com o mês de agosto, chegou o momento da temporada em que o clube terá de analisar o planejamento em função das três competições que ainda disputa. O tropeço no Maracanã pela Copa do Brasil antecedeu o duelo deste domingo pelo Brasileirão, que é a prioridade na temporada. Naturalmente as escalações foram interligadas, mas a estratégia não ficou clara e deixa margens do que esperar para a decisão em Belo Horizonte. Na quinta, oito titulares, com Jorginho, Arrascaeta e Bruno Henrique sendo poupados. Neste domingo, o trio entrou em campo, mas as laterais vieram com novidade: Emerson Royal e Alex Sandro - além do ataque que teve Luiz Araújo poupado. Para além dos 11 titulares e de qualquer prioridade colocada em questão, o Flamengo de Filipe Luís precisa voltar a performar.
É bem verdade que o primeiro tempo no Castelão não foi dos piores. O Flamengo fez o que está acostumado a fazer: ter a posse de bola, controlar as ações do jogo e se impor diante do adversário. Desta vez, até que conseguiu ter algumas chances claras: chutes de Plata, Bruno Henrique e Samuel Lino. O gol, porém, só saiu aos 36 minutos quando o camisa 10 colocou a bola no fundo da rede. O Rubro-Negro se reorganizou após um lance perdido, rodou a bola e começou a reconstruir a jogada desde os zagueiros. Léo Ortiz, o camisa 10 da zaga, foi quem achou um passe lindo para Plata raspar de cabeça como assistências para o uruguaio marcar. Logo depois, Arrascaeta podia ter ampliado o placar.
Ditando o ritmo do jogo, o primeiro tempo do Flamengo foi marcado pela atenção às estreias de Lino e Royal como titulares. O atacante deu muita amplitude ao time pela esquerda e deu sinais que pode formar uma boa dupla com Alex Sandro. O mesmo aconteceu pela direita: o lateral estreante como titular foi bem nas combinações ofensivas com Plata. O Flamengo voltou para o segundo tempo sem o Arrascaeta porque o uruguaio sentiu um incômodo na posterior da coxa esquerda. Após a partida, o meia já tranquilizou os torcedores.
O Ceará começou a ser mais agressivo, subiu a marcação e o Flamengo não conseguia se encaixar. Mugni colocou uma bola no travessão e, na continuação do lance, Rossi impediu o gol de Aylon. Com a vantagem no placar, o time de Filipe Luís pouquíssimo agrediu na segunda etapa. Lino e Plata tiveram dois lances, mas pararam nas mãos do goleiro. Aos 21, o Ceará conseguiu marcar o gol em um lance de bola parada.




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