Na última segunda-feira (21), o Flamengo expressou sua insatisfação com a decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de modificar o calendário do futebol nacional. Apesar de a entidade ter decidido antecipar rodadas para encerrar o Campeonato Brasileiro em 7 de dezembro, em vez de 21, como originalmente planejado, o clube questiona essa mudança e seus impactos na programação de jogos.

Segundo o Flamengo, essa alteração traz uma carga ainda maior de jogos em um intervalo reduzido de tempo, o que inclui deslocamentos longos e, em certas situações, desrespeita o prazo mínimo de 66 horas entre cada partida. Essa situação é especialmente preocupante após as datas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, conforme aponta a nota divulgada pelo clube, que enfatiza a importância de respeitar a saúde dos atletas e a manutenção de um planejamento esportivo adequado.

O clube rubro-negro também salientou que já havia levantado essa questão durante o Conselho Técnico da Série A, realizado em março, mas não obteve soluções por parte da CBF. De acordo com a nota, esta decisão favorece indiretamente as equipes que não estão participando da Copa Libertadores, criando um “desequilíbrio esportivo inadmissível” no torneio. O Flamengo reforça que, desde a adoção do formato de pontos corridos em 2003, não houve nenhuma alteração dessa magnitude no decorrer da competição.

Adicionalmente, o Flamengo criticou a postura da CBF em recusar ajustes pontuais na tabela, sob a justificativa de compromissos com transmissões televisivas, enquanto impõe alterações de forma unilateral. Para o Flamengo, essa decisão demonstra uma falta de consideração pela organização do futebol no Brasil.

Por fim, o Flamengo, presidido por Luiz Eduardo Baptista, conhecido como BAP, solicitou ao presidente da CBF, Samir Xaud, que reconsiderasse tal medida, para que se preserve a credibilidade de um dos maiores campeonatos do futebol mundial. O clube reafirmou seu compromisso com a lisura da competição e com o respeito aos seus torcedores.