Hernane está confirmado para enfrentar o Emelec, às 22h desta quarta-feira, no Maracanã. Tanto o atacante quanto o Flamengo querem a transferência, mas os chineses do Shangai Shenhua ainda não apresentaram uma garantia bancária de que o dinheiro baterá na conta dos rubro-negros. Vale destacar que houve longas reuniões nas noites de segunda e terça-feira.

A incerteza faz o Fla temer um calote, algo que o faria ir à Fifa posteriormente. Como a janela de transferências chinesa fecha na sexta-feira, a expectativa é de que apresentem as garantias no máximo até quinta. Caso contrário, a negociação vai emperrar.

O Shangai Shenhua estaria disposto a pagar 3,5 milhões de euros (R$ 11,2 milhões) por 50% dos direitos econômicos que pertencem ao Flamengo. Nesta terça, o diretor executivo, Paulo Pelaipe, confirmou a existência da proposta e disse que o caso está nas mãos dos homens fortes do clube: o presidente, Eduardo Bandeira de Mello, e os vices de futebol, Wallim Vasconcellos, e de finanças, Eduardo Tostes. Hernane deve receber cerca de 130 mil euros por mês (R$ 425 mil) na Ásia.

Contratado ao Mogi Mirim em 2012, Hernane tinha 10% dos direitos econômicos presos ao Flamengo em um primeiro momento. Em fevereiro do ano passado, o Rubro-Negro comprou mais 40%. O restante ainda pertence ao clube do interior paulista e à empresa Talent Sport, de seu empresário, Paulo Pitombeira.

Depois de marcar 36 gols em 2013, Hernane entrou na mira de clubes do exterior e, em janeiro, o Rubro-Negro recebeu uma oferta de seis milhões de euros (R$ 19,5 milhões na cotação da época) do Al Jazira, dos Emirados Árabes, dos quais o clube receberia metade (três milhões de euros, ou R$ 9,75 milhões). Mas a proposta acabou recusada por divergências na forma de pagamento. O valor da multa rescisória do jogador, que tem contrato até 28 de fevereiro de 2016, é de cerca de oito milhões de euros (R$ 26 milhões), e o Flamengo teria direito a quatro milhões de euros (R$ 13 milhões).