No emocionante confronto entre Flamengo e Santo André em 2004, Athirson compartilhou sua experiência, revelando tanto a pressão quanto o desafio pessoal enfrentado durante a final da Copa do Brasil. Naquela época, o jogador havia retornado ao Flamengo após rescindir seu contrato com a Juventus, da Itália, e encontrou-se em um papel secundário, devido ao destaque de Roger Guerreiro na equipe rubro-negra. Após seis partidas de seu retorno, Athirson enfrentou a expectativa da final contra o inesperado Santo André.

No primeiro jogo da final, realizado no antigo Palestra Itália, Athirson se destacou ao entrar no segundo tempo e marcar um gol de falta, garantindo um empate de 2 a 2. A emoção aumentou para o game decisivo, no Maracanã, onde mais de 70 mil torcedores aguardavam ansiosamente. O Flamengo só precisava de um empate para levantar o troféu, e Athirson voltou a entrar em campo na etapa final, substituindo Roger, mas as coisas não saíram como esperado, pois o Santo André aproveitou a chance e marcou mais um gol, resultando na amarga derrota do Flamengo.

A experiência de Athirson não foi apenas marcada pelos eventos em campo. Ele reconheceu a sensação de euforia característica de grandes jogos, o famoso "oba oba". “A autoconfiança estava lá, apenas pensei que ganharíamos”, disse ele. O lateral-esquerdo também revelou que jogou com uma lesão, algo que deixou sua performance prejudicada. Embora não tenha detalhado a natureza de sua contusão, foi divulgado posteriormente que ele sofreu um estiramento muscular na coxa, o que o afastou dos gramados por cerca de um mês.

Além das dores físicas, Athirson também acreditava que fatores extracampo contribuíram para a pressão sobre a equipe. A procura por ingressos e a presença massiva de torcedores e diretores na Gávea acabaram por desviar o foco dos jogadores. “Aquela situação de filas para ingressos e a ansiedade afetaram todos nós”, comentou. Ele destacou a importância de manter a concentração e não se deixar levar pela distração do ambiente festivo.

Anthony, que se destacou por sua trajetória no Flamengo, acumulou impressionantes 253 partidas e 37 gols ao longo de três passagens pelo clube entre 1996 e 2004, conquistando quatro títulos importantes, incluindo a Copa Ouro de 1996 e a Mercosul de 1999. Ele se tornou um ídolo para muitos torcedores rubro-negros e deixou uma marca indelével na relação entre suas vivências e a infância de novos jogadores, como o técnico Filipe Luís, que começou sua carreira nas categorias de base do Figueirense.