Na última quarta-feira, o Flamengo apresentou um diagnóstico técnico minucioso ao Conselho Deliberativo, marcando os novos passos para a construção do estádio do Gasômetro. A sessão foi liderada pelo presidente Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, juntamente com representantes da RRA Consultoria e da FGV Conhecimento. Ao longo de sete meses, o estudo abrangeu diversas análises, incluindo sondagens de solo e estudos de viabilidade.
O clube afirmou que a intenção é garantir a viabilização do novo estádio sem que o Flamengo se transforme em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), além de preservar seu desempenho esportivo. O relatório revelou falhas significativas no projeto anterior, como a subestimação de custos e a superestimação de receitas. Enquanto a proposta referente ao projeto anterior indicava um investimento de R$ 1,9 bilhão, a análise realizada pela FGV apontou que o custo real pode chegar a R$ 3,1 bilhões.
Os prazos inicialmente estipulados pelo projeto também foram considerados irrealistas. De acordo com informações do clube, o cronograma anterior desconsiderava etapas cruciais, tais como a relocação de uma subestação da Naturgy, que ocupa 55% do terreno, e a descontaminação do solo. A nova previsão sugere que, na melhor das hipóteses, os trabalhos começarão em cerca de seis a sete anos, com a conclusão se estendendo a partir de 2034, ao contrário da expectativa anterior de finalização até dezembro de 2029.
A proposta atual contempla um estádio otimizado, com capacidade para 72 mil torcedores e redução no número de assentos premium. O custo revisado do projeto é de R$ 2,2 bilhões, incluindo contingências, aquisição do terreno, custos de capital e infraestrutura circundante. O financiamento será baseado na geração de recursos internos, sem afetar o desempenho desportivo do clube.
Conforme a diretoria, a conclusão do projeto está prevista, no mínimo, para julho de 2036, levando em consideração a execução de diversos fatores externos, como o remanejamento da Naturgy e a obtenção de licenças ambientais e municipais. Além disso, a gestão reforça que o novo estádio terá um perfil mais acessível e alinhado à identidade do Flamengo.
Entre as próximas etapas, o clube enfatiza a importância de acompanhar o remanejamento da Naturgy em colaboração com a Prefeitura, além da demolição e limpeza da área do terreno, aprovação das CPACs na legislação e formalizações de acordos com a AGU, a Caixa e a Prefeitura. A longo prazo, o desenvolvimento do projeto executivo da obra será estabelecido.




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