No último sábado (20), a LG2 — empresa que tem entre seus sócios Rodolfo Landim, ex-presidente do Flamengo — apresentou ao Conselho de Administração do Confiança uma proposta para aquisição da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube. A comitiva foi liderada por Landim e contou com Gustavo Oliveira, ex-vice de Comunicação e Marketing do Flamengo, e Gabriel Araújo, que detalharam um plano de modernização e desenvolvimento para a agremiação sergipana.

Após a apresentação, o Conselho do Confiança formará uma comissão interna para analisar a proposta e definir os próximos passos. Caso o parecer da comissão seja favorável, a pauta será submetida a novo encontro do Conselho e, posteriormente, levada à Assembleia Geral dos sócios, onde a decisão final sobre a transformação em SAF será tomada. As datas para essas etapas ainda não foram definidas.

De acordo com apuração da ESPN, o projeto prevê um aporte de até R$ 500 milhões distribuídos ao longo de 10 anos. Entre os principais pontos financeiros e estruturais estão a construção de um novo Centro de Treinamento de alto padrão, investimentos massivos nas categorias de base com foco na formação local, e a modernização do Estádio Sabino Ribeiro.

O plano também contempla articulações com o poder público para viabilizar intervenções na Arena Batistão, ampliação do programa de sócio-torcedor, atração de patrocínios e estratégias de monetização de ativos digitais. No âmbito esportivo, há previsão de investimentos diretos no elenco profissional e na contratação de gestores especializados para profissionalizar a administração do futebol.

Os objetivos traçados pelos proponentes são ambiciosos: subir para a Série B nos próximos três anos, disputar o acesso à elite nacional e transformar o Confiança em referência regional tanto na formação de atletas quanto em gestão esportiva. Se aprovado, o projeto promete alterar substancialmente o modelo de operação do clube, com impacto direto em infraestrutura, finanças e plano esportivo.

A proposta agora segue para análise interna do Confiança; caso avance, o processo terá de passar por aprovações formais dos órgãos do clube e, por fim, pela vontade dos associados na Assembleia.