O Flamengo deu início na última terça-feira (7) à venda de ingressos para o tão aguardado jogo da semifinal da Libertadores, que acontecerá no dia 22, no icônico Estádio do Maracanã. A disparada nos preços dos ingressos gerou grande repercussão entre os torcedores. O valor mais acessível, do Setor Norte, subiu para R$ 400, representando um aumento de 77,3% em relação ao valor ajustado de 2019 e um impressionante 112% comparado ao de 2022. Para se ter uma ideia, em 2019, durante a semifinal contra o Grêmio, o ingresso custava apenas R$ 140, valor que ajustado pela inflação hoje equivaleria a R$ 225,53. No ano passado, o bilhete para o jogo contra o Vélez era comercializado por R$ 160, mas corrigido pela inflação atingiria R$ 180,83, ainda assim, inferior à tarifa atual.
Os outros setores do Maracanã também não ficaram imunes aos aumentos. O Setor Sul viu seu preço subir 75%, passando de R$ 200 para R$ 350. O Leste Superior teve um reajuste de 80%, com os ingressos passando de R$ 250 para R$ 450, enquanto o Leste Inferior teve um aumento de 42%, saltando de R$ 350 para R$ 500. O Setor Oeste reajustou sua tarifa em 20%, de R$ 500 para R$ 600, e o Maracanã Mais, o espaço mais caro do estádio, sofreu um aumento de 25%, passando de R$ 1.600 para R$ 2.000. Esses reajustes, quando considerados em relação à última semifinal disputada no Rio de Janeiro, revelam uma média superior a 50%, evidenciando uma tendência de aumento nos preços dos jogos de mata-mata.
O clube também implementou recentemente mudanças em seu programa de sócio-torcedor, que impactam diretamente o custo final para os torcedores rubro-negros. O novo plano Nação Maraca 1, que oferece prioridade na compra de ingressos, custa R$ 325,40 mensais e concede 50% de desconto sobre a meia-entrada. Com essa nova estrutura, os associados pagariam aproximadamente R$ 100 pelo ingresso no Setor Norte, podendo incluir até três convidados mediante uma taxa adicional de R$ 50 cada.
Os constantes aumentos nos preços dos ingressos geraram novas críticas entre os torcedores, que já haviam demonstrado descontentamento no início do ano, durante o Campeonato Carioca. Na ocasião, o presidente Rodolfo Landim justificou os preços elevados dizendo que os custos operacionais e a situação econômica atual impedem uma redução nas tarifas, destacando que os valores cobrados no Rio de Janeiro são de 35% a 40% mais baixos do que os praticados em São Paulo.




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