O Flamengo viu sua liderança escapar no Campeonato Brasileiro após a derrota para o Bahia, em 6 de outubro. O jogo, disputado na Fonte Nova, terminou em 2 a 1 e deixou evidente um desequilíbrio entre o ímpeto ofensivo e a disciplina tática da equipe. O episódio também acende o debate sobre as
classificações do Flamengo no cenário atual, não apenas dentro do Brasileirão, mas em todas as competições em que o clube está envolvido.
Segundo informou o Globo Esporte, a partida foi marcada por uma expulsão precoce de Danilo, que mudou completamente o ritmo do confronto. Mesmo com um jogador a menos, o time manteve certo controle de posse e chegou a criar chances de empatar, mas esbarrou em falhas de finalização e decisões apressadas no último terço. O técnico optou por não alterar o sistema tático após a expulsão, o que foi visto por analistas como um erro estratégico, já que a equipe perdeu profundidade e sofreu com a recomposição defensiva.
A derrota teve reflexos imediatos na tabela e no ambiente interno do clube. De acordo com reportagem do Globo Esporte, a comissão técnica se reuniu logo após o jogo para revisar dados de desempenho e discutir ajustes no setor defensivo. O Flamengo, que vinha liderando com folga, passou a dividir a ponta com adversários diretos e abriu margem para questionamentos sobre a consistência da equipe em momentos decisivos.
O peso do elenco e o dilema das prioridades
O elenco do Flamengo é, no papel, um dos mais completos do futebol brasileiro. Mas o excesso de competições tem cobrado um preço. De acordo com análise publicada no site Ricardo Ribas, o clube disputa simultaneamente cinco torneios em 2025, o Campeonato Brasileiro, a Libertadores, a Copa do Brasil, o Mundial de Clubes e a Supercopa, o que obriga a comissão técnica a rotacionar peças e estabelecer prioridades. Essa carga de jogos, somada às viagens e ao desgaste físico, tem afetado o rendimento e tornado o time vulnerável em partidas que exigem maior controle emocional e disciplina tática.
Ainda segundo o levantamento do Ricardo Ribas, o Flamengo mantém alto índice de posse de bola e volume ofensivo, mas apresenta queda de eficiência nos minutos finais. A análise aponta que o time, apesar de ser dominante em vários aspectos estatísticos, carece de uma hierarquia clara entre titulares e reservas, o que dificulta a leitura de jogo em situações adversas.
Para o Globo Esporte, o episódio contra o Bahia não deve ser tratado como um acidente isolado, mas como um sinal de que o Flamengo precisa reencontrar o equilíbrio entre protagonismo técnico e resiliência tática. O desafio agora é provar que a perda momentânea da liderança pode servir como ponto de inflexão para retomar o foco — e não como o início de uma oscilação prolongada.
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