A administração do Estádio do Maracanã, sob a responsabilidade do Flamengo e do Fluminense, está em discussões desde o início do ano sobre a possibilidade de vender os direitos de naming rights do icônico estádio carioca. Nesse contexto, o Governo do Rio de Janeiro iniciou um importante passo para viabilizar esse processo: a análise técnica do edital de concessão do Maracanã pela secretaria da Casa Civil. Cabe ressaltar que o estatuto atual não proíbe nem prevê a negociação para venda de naming rights, conforme noticiado pelo 'Ge' e confirmado pela reportagem do Lance!

Se a venda dos direitos de naming rights for concretizada, o nome popular do Maracanã poderá ser alterado, enquanto o nome oficial continuaria sendo Estádio Jornalista Mário Filho. Para garantir a integridade do estádio, qualquer modificação em sua estrutura deverá ser aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um exemplo disso é a recente alteração na fachada do Morumbi, estádio do São Paulo, que ocorreu com a mudança do nome.

Ambos os clubes, Flamengo e Fluminense, veem a possibilidade de venda de naming rights com otimismo. Em reuniões com conselheiros do Flamengo, o presidente Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, expressou interesse em encontrar um parceiro para essa negociação. A SuperBet se destacou como uma potencial patrocinadora master, buscando ocupar esse espaço, enquanto atualmente já é patrocinadora do uniforme do Fluminense. A Betano, por outro lado, foi a empresa que firmou contrato com o Flamengo. O Tricolor também manifestou sua vontade de participar desse negócio.

Os clubes cariocas têm a gestão do Maracanã pelos próximos 20 anos e, caso consigam o aval necessário e negociem a mudança do nome, essa ação poderá gerar uma renda anual estimada em R$ 70 milhões. Contudo, persiste um certo receio entre os torcedores devido à importância e ao simbolismo do Maracanã no cenário do futebol nacional e mundial. O governador do Rio, Cláudio Castro, expressou sua preocupação quando comentou sobre o tema, afirmando que vê a possibilidade com certo ceticismo, especialmente por conta das questões legais envolvendo o estádio tombado. Ele reconheceu que o Maracanã é a casa do futebol brasileiro e questionou se os torcedores se habituariam a um novo nome, mas reiterou que o diálogo está totalmente aberto.

Além dos naming rights do estádio, setores do Maracanã também podem ser comercializados, semelhante ao que já ocorreu na Neo Química Arena, casa do Corinthians.