O Flamengo se manifestou em defesa dos valores dos ingressos para a semifinal da Libertadores, programada para o dia 22 de outubro, no Maracanã, em resposta às reclamações de torcedores. Os preços oscilam entre R$ 350 e R$ 2 mil, levando a uma série de explicações do presidente Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap.

Bap descreveu a semifinal como uma “final comercial”, uma vez que toda a receita da decisão, que ocorrerá em Lima, no Peru, será destinada à Conmebol. Ele justificou os preços elevados dizendo que eles refletem o momento e a demanda: “O primeiro jogo do campeonato vai ser sempre o mais barato. Na Libertadores, o último jogo é todo da Conmebol. Então, a final, do ponto de vista comercial, é a semifinal”, enfatizou durante o III Fórum Rio Empreendedor.

O dirigente também abordou a inflação dos preços, citando que os ingressos são ajustados com base na alta procura e na prioridade atribuída aos sócios-torcedores: “Se você coloca o preço barato, os ingressos acabam em duas horas e todo mundo diz que você é sacana. Se coloca muito caro, você tem reclamações. O Flamengo tem tido público recorde em todos os jogos”, disse Bap.

Os preços dos ingressos para o confronto com o Racing variam conforme o setor do estádio: Sul (R$ 350), Norte (R$ 400), Leste Superior (R$ 450), Leste Inferior (R$ 500), Oeste (R$ 600) e Maracanã Mais (R$ 2 mil). Além disso, todos os setores disponibilizam descontos para sócios-torcedores, meia-entrada e cotas de gratuidade.

Ao comparar com semifinais anteriores, fica evidente que os novos valores são consideravelmente mais altos. Em 2019, quando o Flamengo enfrentou o Grêmio, o ingresso mais barato custava R$ 140, enquanto o mais caro era de R$ 1,2 mil. Em 2022, na semifinal contra o Vélez Sarsfield, os preços foram de R$ 160 a R$ 1,6 mil.

Apesar das críticas e dos protestos de torcedores, que incluíram boicotes e manifestações com faixas, o Flamengo tem registrado recordes de público. No empate sem gols contra o Cruzeiro, realizado em 2 de outubro, estiveram presentes 67.828 pagantes, gerando uma receita de R$ 5,8 milhões.

Bap reiterou que os preços refletem a qualidade do espetáculo e a demanda nos momentos decisivos da temporada: “Ninguém quer pagar mais, eu entendo, mas são escolhas. Cabem 70 mil no Maracanã. A gente tem lotado a casa. Na segunda rodada, R$ 80 era caro. Agora, na rodada 27, R$ 80 é barato para ver o Mengão tratorar e virar o líder do campeonato de novo”, concluiu.