No último dia 17, a Libra celebrou uma vitória significativa nos bastidores do futebol brasileiro, ao ver a desembargadora Lúcia Helena do Passo interromper suas férias para revisar uma decisão anterior que beneficiava o Flamengo. Essa decisão havia bloqueado o repasse de R$ 77 milhões a diversos clubes, referente a 30% do contrato de televisão, linkado ao critério de audiência. A informação foi inicialmente divulgada pelo Uol e confirmada pela ESPN no dia seguinte.
Após a decisão, apenas R$ 1,6 milhão permanecem "presos", quantia que o Flamengo tinha o direito de receber. O clube tem um prazo de cinco dias úteis para apresentar um recurso contra essa nova sentença. Em contato com a reportagem, o Flamengo optou por não se manifestar, mas é esperado que busque contestar a mudança.
A desembargadora justificou sua decisão afirmando que houve um "excesso de bloqueio" perpetrado pela liminar obtida pelo Flamengo nas semanas anteriores, o que impede que outros clubes do bloco Libra acessem a quantia devida. A ESPN tem acompanhado a situação de perto, reportando que a Libra havia recorrido ao Judiciário em busca de uma solução para o impasse. Internamente, os integrantes do bloco consideram essa mudança na decisão da desembargadora como uma verdadeira "grande vitória".
A ação judicial promovida pelo Flamengo gerou uma crise intensa entre os clubes que compõem a Libra. As relações se tornaram ainda mais tensas, especialmente com o Palmeiras, que se posicionou contra o rival e, através de sua mandatária Leila Pereira, fez diversos comentários críticos. Em resposta, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, presidente do Flamengo, chegou a acusar a Libra de parcialidade, especificamente em favor do Palmeiras.
Esse clima de animosidade entre as direções dos clubes culminou em um notório desconforto durante uma reunião na sede da Conmebol, no Paraguai, entre os semifinalistas da Libertadores. Leila Pereira decidiu não comparecer ao jogo entre Flamengo e Palmeiras, marcado para domingo (19), pelo Campeonato Brasileiro, o que reflete a profundidade da crise atual.




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