A Justiça do Rio de Janeiro absolveu, em primeira instância, todos os sete réus envolvidos no incêndio trágico que ocorreu no Centro de Treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, que vitimou dez jovens e deixou outros três feridos. O incêndio começou em fevereiro de 2019, enquanto os atletas da base do clube dormiam no alojamento. O processo estava sob análise na 36ª Vara Criminal desde janeiro de 2021 e a decisão ainda é passível de recurso.
Os réus, que enfrentavam acusações de incêndio culposo e lesão grave, foram absolvidos pelo juiz Tiago Fernandes Barros, que considerou que não existem evidências suficientes para fundamentar uma condenação. A defesa alegou que as denúncias não estavam de acordo com as responsabilidades de cada um em suas respectivas funções.
Entre os absolvidos estão Márcio Garotti, ex-diretor financeiro do Flamengo, e outros funcionários como engenheiros e responsáveis técnicos que integravam a diretoria do clube em momentos anteriores ao incidente. Em maio, o Ministério Público do Rio de Janeiro havia solicitado a condenação dos acusados, fundamentando o pedido em depoimentos de mais de 40 testemunhas.
A tragédia ocorreu devido a um incêndio que se alastrou rapidamente no alojamento de jovens atletas, que era uma instalação temporária em um contêiner. A suspeita sobre a origem do fogo é de um curto-circuito em um dos sistemas de ar-condicionado, que permanecia ligado continuamente, contribuindo para a rápida propagação das chamas. Na época do incêndio, o Ninho do Urubu operava sem o alvará de funcionamento adequado, o que gerou uma série de críticas e questionamentos sobre a segurança das instalações.
Com a decisão da Justiça, a família das vítimas e a sociedade em geral continuam a buscar respostas e justiça, enquanto o Flamengo, nas palavras de sua torcida, mantém a esperança e o sonho da Glória Eterna em seus corações.




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