A Justiça do Estado do Rio de Janeiro tomou uma decisão importante nos últimos dias ao absolver os réus envolvidos no processo criminal referente ao trágico incêndio no Ninho do Urubu, o centro de treinamento do Flamengo. O incêndio, que ocorreu em fevereiro de 2019, resultou na morte de dez jovens e deixou outros três feridos. Essa decisão foi proferida pela 36ª Vara Criminal da Capital e, até o momento, cabe recurso.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) já manifestou a intenção de recorrer da decisão que absolveu os acusados. Na análise realizada pelo juiz, foram consideradas insuficientes as provas de que os réus tiveram participação direta no incêndio. É importante destacar que essa sentença não é definitiva e pode ser reavaliada por tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, em última instância, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Como explicou um especialista consultado, o Ministério Público pode interpor recursos tanto para contestar a rejeição de uma denúncia quanto para reverter sentenças absolutórias. No caso específico, a apelação deverá ser encaminhada ao Tribunal de Justiça, visando a condenação dos réus.
O incêndio ocorreu por volta das cinco horas da manhã, quando os jovens dormiam em alojamentos montados em contêineres. De acordo com investigações, o fogo começou devido a um problema no ar-condicionado e se espalhou rapidamente devido ao material da estrutura. O elenco profissional do Flamengo, que tinha um treino agendado para aquele dia, teve suas atividades canceladas em virtude da tragédia.
Neste ano, o Flamengo anunciou que firmou um acordo de indenização com a última família que ainda não havia sido contemplada, a do goleiro Christian Esmério, em uma tentativa de reparar, ao menos parcialmente, os danos causados pela tragédia que chocou o país.




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