No dia da grande decisão da Libertadores, que coloca frente a frente Racing e Flamengo, a imprensa argentina dirigiu seu foco principalmente para os incidentes violentos que ocorreram no Rio de Janeiro na última terça-feira (28). Veículos de comunicação como o "Clarín" e "La Prensa" priorizaram imagens da operação realizada pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) em sua cobertura, relegando a partida a um segundo plano.
O jornal "La Prensa" descreveu os eventos como um "massacre", reportando mais de 120 mortes durante a operação nos complexos da Penha e do Alemão, localizados na Zona Norte do Rio. Com esse enfoque, o veículo traz uma comparação forte, afirmando que "o Rio se parecia com Gaza", referindo-se ao número elevado de fatalidades relacionadas ao narcotráfico.
As operações policiais impactaram significativamente a mobilidade em diversas regiões da cidade, mas os clubes cariocas rapidamente retomaram suas atividades na quarta-feira (29). O Flamengo não sofreu alterações em sua programação, já que a equipe profissional estava na Argentina desde segunda-feira (27), preparando-se para enfrentar o Racing.
Enquanto isso, o Vasco, que tinha um dia de folga, voltou aos treinos na manhã de quarta, sob a orientação de Fernando Diniz, já pensando no próximo duelo contra o São Paulo. O Fluminense, por sua vez, também não teve suas atividades interferidas e manteve o cronograma de treinos, e o Botafogo seguiu sua rotina de preparação para o jogo contra o Mirassol, embora os treinos das categorias de base tenha sido suspensos por precaução devido à proximidade das operações policiais.
Enquanto os clubes cariocas se reestruturavam, o foco da imprensa argentina ressaltava a gravidade da situação no Rio de Janeiro, contrastando com a expectativa em torno do jogo da Libertadores. Este momento apresenta não apenas a paixão pelo futebol, mas também as complexas realidades sociais que cercam os eventos esportivos no Brasil.




Comentários do Facebook -