Nos últimos anos, o Maracanã, um dos estádios mais icônicos do futebol mundial, esteve sob a gestão dos clubes Flamengo e Fluminense. Contudo, o futuro do estádio se tornou uma preocupação após a decisão do Estado do Rio de Janeiro de incluí-lo entre os bens que podem ser leiloados para ajudar a saldar dívidas com a União. Esta iniciativa foi revelada após uma reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Estado, ocorrida no dia 22 de outubro.
A repercussão na imprensa internacional foi intensa, com destaque para o jornal espanhol "As", que publicou a nova situação do Maracanã. O presidente da comissão, Rodrigo Amorim (União), confirmou a inclusão do estádio e das áreas que o cercam no projeto de leilão. Cada partida no Maracanã gera um custo em torno de R$ 1 milhão, o que evidencia a urgência de uma revisão no modelo de gestão atual.
Além do próprio estádio, o Complexo do Maracanã inclui o ginásio do Maracanãzinho, o terreno do estádio de atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare. Todos esses equipamentos estão sob a administração estadual e exigem manutenção constante, gerando, assim, despesas significativas para os cofres públicos.
O jornal espanhol descreveu a situação como um dos momentos mais difíceis da história do estádio, recordando que o Maracanã já foi palco de finais de Copa do Mundo, Libertadores e Copa América. Com um tom de pesar, a publicação aponta que a instalação emblemática pode ser transferida para a propriedade de um indivíduo ou grupo privado. Notavelmente, o Flamengo e o Fluminense, equipes que utilizam o estádio como mando de campo, têm a possibilidade de adquiri-lo, mesmo que o Flamengo tenha planos de construir sua própria arena em um prazo inferior a dez anos.
Contrariando a tendência, o Fluminense parece demonstrar menor interesse em deixar o Maracanã. Vale ressaltar que o contrato atual de concessão com ambos os clubes se estende até o ano de 2044. A situação do Maracanã, portanto, levanta questões sobre o futuro desse importante espaço esportivo e sua viabilidade econômica para os clubes e o Estado.




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