Bruno Henrique, atacante do Flamengo, está prestes a enfrentar um julgamento crucial nesta quinta-feira (13) no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ele é acusado de manipular um cartão amarelo durante uma partida em 2023, supostamente em benefício de apostadores. A audiência, que deveria ocorrer no início da semana, foi adiada devido a um pedido de vista de um dos auditores, depois que o relator, Sergio Furtado Filho, já havia votado pela absolvição do jogador em relação ao artigo 243-a, que prevê punições de até 12 jogos. No entanto, ele solicitou uma penalidade no artigo 191, que inclui uma multa de R$ 100 mil, mas sem sanções de jogos.
A decisão do relator trouxe à tona um debate sobre a natureza da acusação. Enquanto a defesa de Bruno Henrique sustenta que não houve manipulação dentro do jogo, o advogado do jogador, Michel Assef, enfatizou que não existiu "nada artificial" que pudesse favorecer apostadores externos. Ele argumentou que a preocupação do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) está centrada na manipulação do próprio jogo, o que, segundo ele, não ocorreu.
Bruno Henrique, juntamente com seu irmão, Wander Nunes Pinto, e outras sete pessoas, foram denunciados pelo Ministério Público do DF em junho. O jogador teria alertado seu irmão sobre a recebimento de um cartão amarelo na partida contra o Santos, em novembro de 2023. Isso levantou suspeitas de apostas feitas por membros da sua família e amigos, o que despertou a investigação das casas de apostas. Mensagens extraídas do celular de seu irmão foram usadas como base para a denúncia, e a Polícia Federal iniciou a investigação em agosto de 2023, culminando em indiciamentos em abril deste ano.
A expectativa agora é a respeito dos possíveis desdobramentos do julgamento, que pode resultar em quatro cenários: absolvição, redução da pena, manutenção da punição de 12 jogos ou aumento da suspensão.




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