No último comunicado do Flamengo, publicado em uma carta aberta na segunda-feira, o clube expôs propostas significativas para a implementação do fair play financeiro no Brasil. Uma das sugestões foi a proibição do uso de gramados sintéticos, que, segundo o presidente Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, deveria ser repensada à luz das condições reais do país.
Bap destacou que a FIFA originalmente aprovou o uso de campos artificiais apenas em países enfrentando climas extremos, como aqueles com invernos rigorosos. Ele criticou a adoção dessa prática por alguns clubes brasileiros, que utilizam gramados sintéticos para economizar com a manutenção. "O futebol nas cinco principais ligas do mundo é jogado em campos de grama, com normas muito claras sobre a qualidade do terreno”, afirmou. O presidente do Flamengo também ressaltou que a manutenção de um campo de grama no Maracanã representa um custo elevado, estimado em R$ 50 milhões por ano. Ele argumentou que é injusto que equipes possam ter vantagens competitivas com a utilização de gramados artificiais. “Se um clube não consegue manter um campo de grama, talvez não deva estar na Série A do Brasileirão”, concluiu, disparando contra os rivais.
Atualmente, equipes como Atlético-MG, Botafogo e Palmeiras utilizam gramados sintéticos em suas partidas na Série A. Durante a discussão sobre o fair play financeiro, o Flamengo também sugeriu limitar a atuação de clubes em recuperação judicial, algo que pode impactar diretamente o Vasco, que enfrenta desafios nesse âmbito. A mensagem de Bap criticou as gestões que levam os clubes à recuperação judicial e enfatizou que as consequências das escolhas feitas ao longo do tempo não devem ser ignoradas.
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