Na semana da Consciência Negra, o Flamengo está movimentado com questões importantes, conforme reportado pela setorista Manu Ribeiro. O Conselho Deliberativo do clube convocou uma reunião para a próxima segunda-feira, onde um dos principais pontos na pauta será a votação do aluguel de um espaço no Museu do Flamengo para a rede de academias Smart Fit. Caso essa proposta seja aprovada, o museu passará por reformas, resultando em seu fechamento temporário.

O Museu do Flamengo é gerido pela empresa Mude Brasil, que possui um contrato com o clube até 2033, com a responsabilidade de expandir o espaço para o segundo andar. Embora houvesse um projeto para captar recursos para essa expansão, atualmente ela não possui planos concretos. Na reunião, os conselheiros discutirão a devolução ao clube da posse plena do segundo andar e a suspensão temporária das atividades do museu durante as obras estruturais necessárias.

A proposta de aluguel do espaço para a Smart Fit divide a opinião dos conselheiros, levantando discussões sobre a renúncia a um espaço que é parte da história do Flamengo. Informações de fontes ligadas à gestão do museu indicam que estavam em curso conversas com investidores para a expansão, podendo incluir serviços como um restaurante ou lanchonete, que gerariam retorno financeiro para o museu. Por outro lado, existem relatos de que a Mude Brasil enfrentou dificuldades financeiras, o que poderia inviabilizar a realização do projeto e limitar as opções de rentabilidade para o clube.

Em resposta às indagações, o Flamengo não se pronunciou publicamente, mas especialistas do clube afirmaram que ouviram os sócios sobre a necessidade de uma academia na Gávea, uma vez que o espaço atual é considerado inadequado. Como atrativo, sócios e funcionários teriam 10% de desconto na mensalidade da nova academia. O Flamengo ainda mencionou a intenção de ceder um espaço no mesmo andar para que o Museu seja expandido, aumentando em 60% a área de exposição.

Finanças também são um ponto crucial, uma vez que o clube espera um retorno de R$ 13 milhões por ano com a nova parceria. No entanto, há preocupação com o envolvimento do vice-presidente de Patrimônio Histórico, José Antônio da Rosa, que participou das negociações com a Smart Fit. Embora ele tenha sido um ex-acionista da empresa, as pessoas consultadas não consideram que isso constitua um conflito de interesse, já que não mantém vínculos com a rede de academias no momento. Para determinar um parceiro, o Flamengo conduziu uma pesquisa de mercado, descobrindo que a Smart Fit se adequava às condições financeiras dos sócios, com mensalidades mais baixas do que as atuais.