A expectativa em torno da final da Libertadores 2025 cresce, trazendo para o palco principal do futebol sul-americano um duelo entre Flamengo e Palmeiras. Essa nova final 100% brasileira reflete uma realidade que preocupa os argentinos, que assistem com frustração ao domínio crescente do futebol brasileiro. Nos últimos anos, apenas duas entre as sete finais disputadas contaram com clubes argentinos: em 2023, o Boca Juniors foi derrotado pelo Fluminense, e em 2019, o River Plate perdeu para o Flamengo. As demais finais foram compostas exclusivamente por equipes brasileiras.
O sentimento que impera na Argentina é de que o sucesso brasileiro na Libertadores não é mera coincidência, mas o resultado direto do poder econômico crescente dos clubes do país. Novos modelos de gestão e uma capacidade de investimento aprimorada têm permitido que os times brasileiros se sobressaiam em competições continentais. Isso gera uma pressão emocional sobre o futebol argentino, uma vez que, tradicionalmente, o país sempre se viu como protagonista na Libertadores. A recorrência de finais entre times brasileiros reforça a percepção de uma decadência competitiva na Argentina, enquanto os clubes do Brasil se revezam no topo do continente.
Enquanto o Brasil amplifica sua hegemonia no futebol sul-americano, a Argentina busca soluções que, à primeira vista, parecem distantes. A final entre Palmeiras e Flamengo, que conta com algumas das equipes mais estruturadas e competitivas da América do Sul, indica que o domínio brasileiro não é apenas presente, mas tende a perdurar no futuro.
No entanto, existe um campo onde os argentinos ainda podem se orgulhar: a Copa Sul-Americana. Se a Libertadores se tornou um território amplamente dominado por brasileiros, a competição secundária do continente tem sido um espaço onde equipes argentinas, além de clubes de menor expressão de outros países, conseguem se destacar frente aos times brasileiros. Em 2024, por exemplo, o Cruzeiro foi derrotado pelo Racing na final, e em 2025, o Atlético Mineiro cedeu o título ao Lanús.
Para os argentinos, a Copa Sul-Americana parece proporcionar um equilíbrio desejado, mostrando que, apesar das dificuldades, o futebol do país ainda possui capacidade de competir em um cenário tão desafiador. A final da Libertadores, marcada para o próximo sábado, dia 29 de setembro, às 18h (horário de Brasília), em Lima, no Peru, não apenas decidirá quem será o campeão continental, mas também quem se tornará o primeiro brasileiro tetracampeão da história da competição.




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