Na tarde desta quarta-feira (10), o Flamengo deu um passo significativo em busca de um objetivo que remete à glória vivida por Zico e seus companheiros em 1981. Em Doha, no Catar, o Rubro-Negro superou o Cruz Azul, do México, com um placar de 2 a 1, garantindo assim a sua classificação para as semifinais do torneio. Agora, o time de Filipe Luís se prepara para enfrentar o Pyramids, do Egito.

Entretanto, para conquistar o troféu mundial, o Flamengo não poderá contar apenas com a qualidade e a força tática que o levaram a vencer o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores. No primeiro tempo do duelo contra os mexicanos, a equipe rubro-negra apresentou uma postura preocupante, algo que foi corrigido na etapa final, onde dominou a partida e poderia até aumentar a vantagem no placar. Porém, questões físicas e até anímicas podem se tornar "armadilhas" neste torneio decisivo.

O calendário pode ser um fator desvantajoso para o Flamengo. A conquista antecipada do Campeonato Brasileiro permitiu ao time a utilização de jogadores mais jovens na última rodada, enquanto a equipe principal já se dirigia para o Catar. Apesar disso, a quantidade de jogos disputados pode se transformar em um grande empecilho, especialmente em uma possível final contra o PSG. A imprensa mexicana chegou a apontar o Cruz Azul como favorito em relação ao time carioca, destacando as diferenças nos calendários das equipes.

De fato, na próxima partida contra o Pyramids, marcada para o sábado (13), o Flamengo estará em seu 77º jogo da temporada, enquanto o time egípcio terá atuado apenas 23 vezes. Essa discrepância se acentua ainda mais se o Rubro-Negro conseguir avançar para a decisão, que ocorrerá no dia 17 de dezembro. Nesse cenário, o Flamengo terá realizado 78 partidas, em contraste com o PSG, que estará em campo apenas pela 23ª vez na temporada 2025/2026. Isso resulta em uma carga de jogos 55 confrontos superior para a equipe brasileira, o que representa um aumento de 239,13% em relação aos franceses, que estarão mais descansados.