Recentemente, cinco clubes do futebol brasileiro, incluindo Palmeiras, Athletico-PR, Atlético-MG, Botafogo e Chapecoense, manifestaram-se através de um comunicado oficial em defesa do gramado sintético. A iniciativa surge em resposta à proposta apresentada pelo Flamengo à CBF, que busca padronizar os campos e eliminar o uso do piso sintético até 2027.
Vale destacar que as presidentes dos dois clubes, Leila Pereira do Palmeiras e Luiz Eduardo Baptista, do Flamengo, trocaram alfinetadas públicas após a divulgação do documento. No comunicado, os clubes que apoiam o gramado sintético argumentam que a tecnologia empregada é baseada em "melhores práticas internacionais" e criticam a postura do Flamengo, chamando-a de uma “narrativa simplificada, injusta e tecnicamente equivocada”. Além disso, afirmam que os gramados sintéticos de alta performance conseguem superar campos naturais que estão em más condições.
Os clubes enfatizam que atualmente não existe qualquer estudo científico conclusivo que demonstre um aumento no número de lesões devido ao uso de gramados sintéticos modernos, um dos principais argumentos de quem defende a exclusividade do campo natural. O comunicado também sugere que a discussão sobre qualidade dos gramados é vital, mas deve ser realizada de maneira responsável, afastando-se de "narrativas que distorcem a realidade".
Em seu apelo à CBF, o Flamengo destaca que nenhum país que tenha conquistado a Copa do Mundo permite o uso da "grama de plástico". Além disso, o clube carioca aponta que diversos jogadores, incluindo Neymar, expressaram sua oposição ao gramado sintético, iniciando um movimento contra essa superfície no futebol de elite brasileiro. O Flamengo também menciona uma série de estudos que indicam que esse tipo de campo pode afetar a saúde dos atletas, aumentando o número de lesões.
Para evitar prejuízos imediatos, o Flamengo propõe uma transição do gramado artificial para o natural até o final de 2027 para os times da Série A e até 2028 para os da Série B. Durante esse período, o clube recomenda a adoção de padrões mínimos para os campos que utilizam gramado sintético. Além disso, reitera a importância de padronizar a qualidade dos gramados naturais, seguindo as normas utilizadas pela FIFA e UEFA.




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