Raio-X do NBB: Fla na liderança e surpresas nos quesitos individuais

4/4/2014 13:16

Raio-X do NBB: Fla na liderança e surpresas nos quesitos individuais

Encerrada a primeira fase da competição, GloboEsporte.com traz os melhores em cada fundamento. Confira como ficaram os confrontos das oitavas de final

Com os últimos três jogos encerrados na noite de quinta-feira, a temporada regular da sexta edição do NBB chegou ao fim. Ao longo de quase cinco meses, 17 equipes realizaram 32 jogos cada, em sistema de turno e returno, com 12 avançando aos playoffs. São elas: Flamengo (1º), Paulistano (2º), Brasília (3º), Limeira (4º), Pinheiros (5º), São José (6º), Uberlândia (7º), Bauru (8º), Basquete Cearense (9º), Franca (10º), Palmeiras (11º) e Mogi (12º). Os confrontos para a disputa do mata-mata também já estão definidos. As oitavas de final, que já se iniciam neste próximo domingo, só contarão com os times que ficaram do quinto ao 12º lugar, com os quatro primeiros rumando diretamente às quartas de final. Os embates terão: Pinheiros x Mogi, São José x Palmeiras, Uberlândia x Franca e Bauru x Basquete Cearense, todos em melhor de cinco jogos. A novidade desta temporada fica por conta do chaveamento fixo. As equipes terão um caminho pré-definido até a decisão.

O Flamengo, pelo segundo ano consecutivo, dominou boa parte da ponta da tabela e terminou na liderança, com a consistente campanha de 26 vitórias e seis derrotas. Logo atrás aparece o discreto time do Paulistano, que mesmo sem grandes estrelas e com uma folha salarial baixa, conseguiu superar favoritos como Brasília e Pinheiros, fechando sua participação com 23 vitórias e nove derrotas. Depois de um começo arrasador de oito resultados positivos consecutivos, o Limeira caiu na metade do campeonato, enfrentando algumas lesões no seu plantel, mas se recuperou no final e recuperou uma posição no G4.


Flamengo sobrou na primeira fase do NBB e terminou na liderança três vitórias à frente do Paulistano, segundo colocado (Foto: Rafael Silva/Gazeta Press)


Na parte de baixo da tabela, Espírito Santo, Goiânia e Liga Sorocabana travaram uma verdadeira batalha para ver quem evitaria o rebaixamento, especialmente os dois últimos. Melhor para os paulistas, que venceram o Minas na rodada derradeira, com uma cesta salvadora de Schneider no fim do duelo. No próximo ano, o número de times será de 16, subindo um da Liga Ouro (segunda divisão).

Além das equipes, diversos jogadores se destacaram nestes 272 duelos pela temporada regular. Entre cestinhas, reboteiros, "garçons" e outros quesitos, a reportagem do GloboEsporte.com fez o levantamento dos três melhores de cada um deles, sempre levando em conta os números absolutos.

O cestinha não foi nenhuma surpresa. Com 36 pontos na última rodada, Shamell se tornou o maior pontuador da fase regular, com 652, ultrapassando o compatriota David Jackson, do Limeira. Porém, nos demais fundamentos, algumas novidades. Nos rebotes, o favorito Olivinha foi batido por um azarão de São José. Nas assistências, um velho conhecido voltou a figurar na liderança, após alguns anos de ausência.

Confira quem alcançou o TOP 3 de cada quesito nesta primeira fase do NBB 6:

Cestinhas

1º Shamell (Pinheiros)


Há mais de oito anos no basquete brasileiro, o ala do Pinheiros criou o hábito de figurar entre os cestinhas do NBB, sendo o segundo maior da história da competição, atrás de Marcelinho Machado, do Flamengo. Com uma atuação espetacular no último jogo de sua equipe, na vitória diante do rebaixado Espírito Santo, quando anotou 36 pontos, o americano de 33 anos fechou a primeira fase como o líder na pontuação geral e na média por jogo. Foram 652 em 31 partidas.

- Foi uma conquista coletiva. Todo mundo no time sabia que eu tinha que fazer 'X' pontos para ser o cestinha. No último jogo (contra o Minas), eu estava mais tranquilo. Agora, todo mundo estava jogando a bola pra mim, os chutes de três estavam caindo. Mas o mais importante é o quinto lugar. Foi uma conquista coletiva, mas um pouquinho individual. Parabéns para todo mundo - analisou o ala.


O ala Shamell acertou nove bolas de três na vitória do Pinheiros sobre o Espírito Santo (Foto: João Pires)


2º David Jackson (Limeira)

Com 643 pontos em todos os 32 jogos da sua equipe, David Jackson foi ultrapassado pelo compatriota na última volta do ponteiro. Mesmo assim, o armador de Limeira comemorou o segundo lugar, à frente de craques como Marcelinho e Alex Garcia, provando estar vivendo a sua melhor fase no Brasil. Depois de uma temporada no Flamengo e rápidas passagens pelo basquete argentino e venezuelano, o jogador, de 31 anos, vem sendo a estrela principal do time de Demétrius, que terminou na quarta posição na fase regular.

3º Paulão Prestes (Franca)

A maior surpresa desta lista é o pivô Paulão Prestes. Em sua segunda temporada no NBB, a primeira pelo clube paulista, o jogador é o principal destaque da equipe, que fez uma campanha irregular de 15 vitória e 17 derrotas, terminando na décima posição. Foram 577 pontos em 30 jogos, algo não muito tradicional para um jogador da sua posição dentro do basquete brasileiro.

Reboteiros

1º Jefferson William(São José)


O melhor do quesito desta primeira fase do NBB não é um especialista em rebote. Com 303 em 32 jogos, o ala/pivô vem mostrando uma característica que até então não era vista. Aos 31 anos, o jogador de 2,07m supera fortes adversários como Paulão Prestes e Olivinha, líder no quesito na história da competição.

- Para mim é uma satisfação muito grande chegar neste patamar, pois é uma coisa que estou buscando melhorar. Ofensivamente, eu já tenho talento e sempre soube me sobressair muito bem, mas não nos rebotes. Me preparei muito bem nesse ano, fiz uma boa pré-temporada, comecei a treinar 20 dias antes dos treinos do São José e isto está sendo um diferencial - declarou o ala/pivô de São José.



Mesmo não sendo sua especialidade, Jefferson foi quem mais pegou rebotes no NBB (Foto: Claudio Capucho/PMSJC)

2º Paulão Prestes (Franca)

Parece que a troca de Brasília pelo interior de São Paulo fez bem ao jogador. Além de ser o terceiro cestinha do NBB, ele também aparece entre os melhores nos rebotes. Com 2,10m, o pivô de 26 anos e draftado pelo Minnessota Timberwolves em 2010, conquistou 281 bolas em 30 jogos.

3º Olivinha (Flamengo)

Maior de todos na história da competição com 1838 rebotes, o ala/pivô do Flamengo aparece em terceiro lugar na temporada atual, com 269 em 32 jogos. Depois de um início muito bom, onde disputou rebote a rebote com o ala/pivô do São José, Olivinha teve uma queda no fundamento no segundo turno, muito em função da diminuição dos minutos jogados.

Assistências

1º Valtinho (Uberlândia)


Dentre todos os quesitos, Valtinho foi o que reinou mais absoluto. Com uma diferença de 32 passes decisivos para o segundo colocado, o experiente armador do time mineiro ficou na primeira posição com 233 assistências nas 32 rodadas que disputou. O jogador, de 37 anos, também contou com a sorte, já que o líder do quesito no ano passado, Fúlvio, está fora desta temporada.

- Nos últimos anos minha média estava menor por características dos jogadores ou do time. Eu não precisava dar tantos passes ou os jogadores não se encaixavam neste meu estilo de jogo. Mas, nesse ano, o time está mais entrosado, as jogadas estão saindo como as ponte-aéreas para o Cipolini e o Léo. Sem forçar, elas (assistências) estão acontecendo. Sempre gostei de fazer, acontece naturalmente - admitiu.


Valtinho foi o maior "garçom" desta primeira fase do NBB (Foto: Raphael Oliviera/EAZ)


2º Elinho (Minas)

O "garoto" de 24 anos pode se vangloriar de ter deixado para trás grandes garçons como Nezinho, Figueroa e Joe Smith. Com 201 passes decisivos em 32 jogos, Elinho tem o direito de comemorar uma boa edição de NBB, mesmo o Minas não tendo avançado aos playoffs.

3º Nezinho (Brasília)

Vice no quesito na temporada passada, o armador do Brasília, de 33 anos, vem em uma ascendente no NBB, após um início irregular, assim como o time. O terceiro lugar é um prêmio ao camisa 23, que foi fundamental na terceira colocação da sua equipe na temporada regular ao contribuir com 177 assistências em 31 jogos.

LADRÕES DE BOLA


Toledo sobe para enterrar em jogo com o Macaé, quando "roubou" três bolas (Foto: Cleomar Macedo/Helbor)

1º Toledo (Mogi)

O maior ladrão de bolas desta fase regular do NBB é o ala/pivô do Mogi das Cruzes, que roubou 64 bolas dos adversários em 32 partidas. Três deles aconteceram no confronto decisivo com o Macaé, que praticamente garantiu a vaga dos paulistas nos playoffs.

2º Dawkins (Paulistano)

Se o companheiro Holloway destaca-se na parte ofensiva, Dawkins é o responsável por tomar conta da defensiva. Sempre esperto e rápido, o americano ficou na segunda posição no fundamento, com 55 bolas recuperadas em 30 partidas.

3º Duda Machado (Macaé)

Não foi por falta da combatividade de Duda que o Macaé ficou de fora dos playoffs. Com o histórico de grande marcador, o ala/armador foi o destaque da sua equipe na defesa e responsável por 55 roubos de bola, mesmo número do que Dawkins, mas em 32 jogos disputados.

Tocos

1º Douglas Nunes (Minas)


O Minas não se destacou na competição, ficando fora dos 12 primeiros, mas teve em Douglas Nunes um jogador de destaque no NBB 6. Além de terceiro melhor cestinha da equipe, o pivô de 2,10m foi o melhor no quesito tocos, com 43 em 31 jogos.

- melhorei bastante nesta parte. Foi muito importante para mim, pois nunca havia entrado entre os dez melhores. Sinal de que o trabalho foi bem feito aqui no Minas, mesmo fora dos playoffs. Dá uma vontade a mais para a próxima temporada - relatou.


Douglas Nunes não costuma ser um bom anfitrião dos ataques adversários. Foram 42 tocos (Foto: Orlando Bento/MTC)


2º Morro (Pinheiros)

Em segundo lugar veio o pivô de 2,09m, que freou o ataque adversário por 41 vezes, mas em 28 partidas. Sem o jogador do clube mineiro na fase seguinte, Morro deve terminar o campeonato como o melhor no quesito.

3º Goree (Brasília)

Na sua primeira temporada no NBB, o americano Marcus Goree mostrou que não costuma receber os ataques adversários com muita gentileza. Em 30 partidas pela fase inicial, o pivô foi o autor de 37 tocos, ficando no terceiro lugar.

Duplo-duplos

1º Jefferson William (São José)


Além de ser o principal reboteiro do campeonato, Jefferson é o segundo cestinha de sua equipe, com média de quase 15 pontos por partida. Os bons números o colocam como o líder no quesito duplo-duplo com 16 no total, um a cada dois jogos.

- A média de pontos eu sempre tive acima de 10 em todos os outros anos do NBB. Neste, meu objetivo era melhorar os rebotes e subir a média. Consegui e estão saindo bastante duplo-duplos. É uma satisfação grande poder ficar na frente de jogadores considerados os melhores da posição, o que demonstra que estou chegando no auge - explicou.


Jefferson William foi o destaque da primeira fase tanto nos pontos quanto nos rebotes (Foto: Rafael Silva/ Gazeta Press)


2º Paulão Prestes (Franca)

Figurando entre os três maiores cestinhas e três melhores reboteiros, Paulão Prestes garantiu mais uma presença no TOP 3 novamente atrás de Jefferson William, seu grande concorrente nas estatísticas deste NBB, com 13 duplo-duplos.

3º Daniel Alemão (Mogi)

Com média de mais de dez pontos por partida e maior catador de rebotes do Mogi, o pivô Daniel Alemão desbancou o rubro-negro Olivinha e ficou com o terceiro lugar no fundamento, com 12 duplo-duplos, um a mais do que o carioca.

Enterradas

1º Cipolini (Uberlândia)


Considerado o Rei das Enterradas, Lucas Cipolini, de 2,03m, teve que saltar muito para bater o americano DeVon Hardin do Basquete Cearense. Com 50 em 32 jogos, o mineiro ficou quatro "socadas" à frente do rival.


Cipolini superou DeVon Hardin e foi o que mais enterrou na fase inicial do NBB (Foto: João Pires/LNB)


2º DeVon Hardin (Basquete Cearense)

No alto de seus 2,10m, o jogador do Basquete Cearense acompanhou de perto o do Uberlândia até a última rodada, a quem confessou ser um fã no último Jogo das Estrelas, no qual foi eleito o campeão do Torneio de Enterradas. Porém, o ídolo cearense teve que se contentar com a segunda posição no quesito.

3º Léo Waszkiewicz (Uberlândia)

Outro atleta do plantel uberlandense completou o pódio. Com 32 cravadas, Léo Waszkiewicz foi um coadjuvante de luxo para Cipolini.

3 pontos

1º Nezinho (Brasília)


Terceiro nas assistências, o armador do Brasília não parou por aí. Especialista em chutes de fora, Nezinho foi quem mais meteu bolas de três pontos nas 31 partidas em que atuou:104 certeiras em 272 tentadas.

- Falo que isso é consequência de um trabalho, dos treinamentos no começo da temporada e da confiança. Depois, é só manter com o passar dos jogos. É bem gratificante ficar no topo deste quesito, que é muito difícil. Mas sempre falo que troco qualquer prêmio individual pelo sucesso coletivo - afirmou.


Nezinho foi quem mais converteu bolas de longe nesta primeira fase de competição (Foto: Brito Júnior/Divulgação)


2º Marcelinho (Flamengo)

Na sequência aparece o capitão rubro-negro, maior cestinha da história do torneio, com 94 tiros na cesta em 238 tentativas. Porém, o camisa 4 carioca atuou em 27 partidas, já que estava suspenso nas cinco primeiras rodadas.

3º Robert Day (Uberlândia)

Craque do time mineiro nos últimos anos, o americano, de 32 anos, conseguiu se firmar no TOP 3, mesmo com alguns problemas físicos e uma fratura no dedo polegar, que o afastaram de cinco jogos deste NBB. Ao todo, o ala 90 bolas de fora em 203 tentativas.

Outros números


Melhor ataque do NBB: Brasília com 2.771 pontos (média de 86,59)
Melhor defesa: Limeira com 2.350 pontos sofridos (média de 73,4)
Maior sequência de vitórias: Flamengo com 11
Maior diferença: Espírito Santo 50 x 97 Pinheiros (47 pontos)
Maior placar: Bauru 110 x 93 Liga Sorocabana, Paulistano 110 x 93 Macaé, Pinheiros 82 x 110 Brasília e Espírito Santo 66 x 110 Brasília

Recordes individuais


Pontos na mesma partida: Ed Nelson (São José), com 39, contra o Minas
Assistências na mesma partida: Maxi Stanic (Palmeiras), com 15, contra o Pinheiros
Rebotes na mesma partida: Paulão Prestes (Franca), com 21, contra o Flamengo*
Tocos na mesma partida: Morro (Pinheiros), com 8, contra o Palmeiras
Arremessos de 3 pontos na mesma partida: Shamell, com 9, contra o Espírito Santo
Roubos de bola na mesma partida: Jefferson Campos (Mogi), contra Franca, Felipe Ribeiro (Basquete Cearense), contra São José, e Holloway (Paulistano), contra o Minas, todos com 7
Lances livres na mesma partida: Taboada (Goiânia), com 17, contra Liga Sorocabana

* O pivô igualou a melhor marca da história do NBB, que pertence ao Shilton, que com a camisa do Joinville, pegou 21 rebotes diante do Limeira no NBB 2008/2009.

751 visitas - Fonte: GE


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