A comemoração do Flamengo na conquista do Campeonato Carioca foi intensificada pela festa antecipada dos vascaínos. Até Márcio Araújo fazer o gol do empate por 1 a 1 nos acréscimos, em posição de impedimento, os reservas de Adilson Batista comandavam do banco o grito de campeão e olé vindos da torcida alvinegra.

“Ninguém acreditava, a torcida do Vasco já estava comemorando. Mas gritaram o olé antes da hora. Eles têm que aprender a respeitar o Flamengo”, decretou o volante Luiz Antônio, mostrando que a irritação ficou entalada desde que Douglas abriu o placar da decisão convertendo pênalti aos 30 minutos do segundo tempo. Segundos antes do gol flamenguista, torcedores do Vasco exibiam a faixa de “campeão carioca 2014”.

“No futebol, desde a época do Pelé, tem o ditado popular: o jogo só termina quando o juiz apita. É legal ver e dar olé e o caramba, mas o jogo não tinha terminado. Tivemos humildade e a nossa torcida, que ficou até o final, foi parabenizada e presenteada com esse título”, ensinou Alecsandro.

Além da raiva para evitar o vice-campeonato, os flamenguistas ainda tinham um a mais em campo no lance de seu gol, já que Rodrigo saiu de maca. Sem o zagueiro vascaíno, Wallace cabeceou no travessão e Márcio Araújo aproveitou o rebote para definir a conquista rubro-negra.

“Ter um a menos facilitou para nós. Sem o Rodrigo, no escanteio, ficaram preocupados comigo, levei uns dois, três por ter um bom cabeceio e deixaram o Wallace sozinho”, sorriu Alecsandro.
“Mesmo perdendo, o Flamengo tem que batalhar e lutar até o último minuto. Buscamos, trabalhamos e acabamos vencendo”, comemorou Nixon, que ‘dividiu’ com Márcio Araújo na tentativa de colocar a bola nas redes vascaínas.