Discreto, Elias compareceu na Sapucaí pela terceira vez na vida para acompanhar o desfile das escolas de samba do Grupo Especial, no domingo, mas desta vez como jogador de um clube da cidade, no caso o Flamengo. Já devidamente instalado na capital carioca, o camisa 8 rubro-negro minimizou o status de ser um dos protagonistas do time para priorizar um discurso em prol do grupo. Humildade, inclusive, foi a principal característica apontada pelo volante para definir o sucesso inicial do Flamengo na Taça Guanabara.

Confira a entrevista exclusiva com o camisa 8 do Flamengo abaixo.
Foram quatro jogos apenas pelo Fla, mas que já renderam elogios da torcida e do treinador. É um incentivo a mais para manter o nível?

Primeiramente tenho de agradecer o apoio dos jogadores e do torcedor que me recebeu muito bem. Estou muito feliz com tudo isso. E em relação à cidade é a mesma coisa. Já tenho uma casa alugada. Minha família também está aqui. Não tem segredo. O carioca é bem receptivo. Esse era o objetivo: conquistar o torcedor e críticos. Mas falo que tem muita coisa para melhorar e para crescer no Flamengo. E com o tempo as pessoas irão me conhecer melhor, meu verdadeiro futebol. Agora, espero não só ficar em elogios, mas também conquistar títulos pelo clube.

A equipe passou por uma reformulação, mas é detentora da melhor campanha na Taça Guanabara. Os resultados são surpreendentes?

Ninguém esperava que nossa equipe fosse fazer essa campanha no começo. Então, isso é uma surpresa para todos, mas não para nós. Estamos trabalhando com força para conquistar títulos. E isso se conquista com o tempo. Temos um grupo que é muito humilde e trabalha muito. Esse é o segredo.

Quando você foi apresentado chegou a fazer uma brincadeira, dizendo que não sabia em qual posição atuava. A maneira que vem atuando, como terceiro homem do meio de campo, é a que pode render mais?

Quem tem de falar isso é Dorival. Ele tem de saber em qual posição que irei ajudar o time. Estou à disposição da equipe. Não estou pensando em mim, qual posição vou jogar ou render melhor. Independentemente da posição que ele me colocar, irei ajudar o time.

Na semana passada, Dorival Júnior disse que você poderá ser poupado de alguns jogos pelo fato de ainda não ter alcançado a melhor condição física. Já existe alguma posição da comissão técnica em relação a isso?

Vou fazer o que ele achar melhor. Se o treinador achar que deve me poupar, ele sabe o que é melhor para mim e para a equipe. Estarei trabalhando sempre para manter a titularidade e ajudar o Flamengo a conquistar os títulos.

Você sempre cita títulos e conquistas em suas entrevistas. A dois jogos de poder garantir uma vaga na fase final da Taça Guanabara, já é possível pensar no primeiro troféu pelo Flamengo?

Pensar em título todo mundo pensa e todos querem conquistar. Mas nossa equipe pensa a cada jogo. Estamos descansando, curtindo a folga e na reapresentação vamos pensar no Botafogo e ver como poderemos vencê-los no domingo. Tudo isso será passado pelo Dorival durante os treinamentos da semana.

E escolheu curtir a folga na Sapucaí para matar a saudade do Carnaval no Brasil após ficar duas temporadas na Europa?

Já é o meu terceiro o Carnaval aqui. Fiquei dois anos fora e não puder curtir. Mas em 2009 e 2010 marquei presença e conheço um pouco. Gosto muito do Carnaval carioca. Torço para todas as escolas. É um grande espetáculo que eles fazem e isso mexe muito com a comunidade. E eu sou de uma comunidade em São Paulo e aprecio todas as escolas por isso, pela identificação com o povo.